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Ritz-Carlton quer mudar tudo o que detesta nos cruzeiros

Visitas a ilhas remotas. Longas e agradáveis escalas em portos. Uma equipa que intui se o cliente está com disposição para um passeio privado numa propriedade próxima ou para um dia de sol no convés.

10 de Março de 2018 às 19:00
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Isto soa muito mais como um passeio de iate do que como um cruzeiro – e a ideia é exactamente essa.

 

Quando a Ritz-Carlton, marca de luxo da Marriott International, revelou o seu conceito de cruzeiro no ano passado, ficou claro que pretendia afastar-se do restante sector. Os seus navios oferecerão luxos em grande parte inéditos em linhas de cruzeiro: áreas comuns arejadas, restaurantes íntimos que oferecem refeições 24 horas por dia e suítes com pé direito alto e duas sanitas na casa-de-banho.

 

Mas a marca não pretende diferenciar-se apenas no design, afirma Doug Prothero, administrador da Ritz-Carlton Yacht Collection, numa conversa exclusiva com a Bloomberg. A diferença também estará no que os hóspedes poderão fazer. "Em muitos dos nossos itinerários, só se verá iates", diz Prothero. "Em muitos deles, nunca encontrará um navio de cruzeiro maior."

 

Os cruzeiros começarão a ser vendidos a 11 de Junho. O navio ainda sem nome navegará pelas águas do sul do Caribe, do Mediterrâneo, do norte da Europa, da América Latina, do Canadá e da Nova Inglaterra a partir de Novembro de 2019. Entre os pontos exclusivos estão Capri, a ilha grega de Citera e Canouan, Bequia e Tobago Cays em São Vicente e Granadinas.

 

Estas escalas em portos só são possíveis por causa do tamanho dos três futuros navios da linha – de 190 metros de comprimento, com espaço para 298 passageiros em 149 suítes. São quase três vezes maiores do que os superiates de maior porte, mas são mais íntimos que os navios de cruzeiro pequenos, que têm capacidade para cerca de 650 passageiros. Os navios da Ritz são comparáveis aos navios de luxo mais pequenos da Silversea Cruises.

 

Quase todas as viagens da Ritz-Carlton duram entre sete a dez dias. Em contraste com os cruzeiros tradicionais, navegarão a um ritmo lento – quatro ou cinco portos numa semana, ou seis ou sete paragens em dez dias, diz Prothero. "Não se trata de correr para chegar ao próximo lugar", afirma. "Estamos a recriar a experiência de iate num mundo de cruzeiros."

 

A Yacht Collection espera atrair hóspedes de alto nível à procura de uma nova experiência, viajantes que normalmente não iriam a um cruzeiro convencional e também, é claro, os fãs da Ritz-Carlton. Alguns dos itinerários vão ser cruzados com os hotéis, mas este não é o foco. Uma rota futura dos Grandes Lagos, por exemplo, pode ser encerrada com estadias nas propriedades de Montreal e Chicago.

 

Uma viagem de sete dias pelo Mediterrâneo custará a partir de 5.600 dólares por pessoa. O preço abrange tudo, excepto excursões, experiências de spa e jantares no Acqua, o restaurante do chef Sven Elverfeld que tem três estrelas Michelin em Wolfsburg, na Alemanha.

A empresa ainda está a tentar encontrar respostas para uma pergunta irritante. Como os programas de fidelidade Ritz-Carlton e Marriott International vão relacionar-se com a linha de cruzeiro? Os membros do programa Ritz-Carlton Rewards terão uma vantagem inicial: a partir de Maio, poderão reservar suítes.

(Texto original: Ritz-Carlton Is Fixing Everything You Hate About Cruise Ships)

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