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Portugueses contrariaram rota descendente com mais viagens no terceiro trimestre
Dados do INE indicam que o número de viagens diminuiu em julho, mas aumentou em agosto e setembro. No terceiro trimestre de 2024, cada viagem teve uma duração média de 5,62 noites, ficando ligeiramente abaixo de igual período de 2023.
As viagens dos residentes em Portugal inverteram a trajetória de decréscimo, após a quebra de 13,4% no segundo trimestre de 2024, registando um aumento de 2,6% no terceiro, totalizando 8,2 milhões, graças às deslocações tanto cá dentro como lá fora.
Segundo as estatísticas publicadas, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no período entre julho e setembro, as viagens em território nacional quebraram a rota descendente dos dois trimestres anteriores (-15,4% no segundo trimestre) e aumentaram 1,4%, atingindo 6,9 milhões (84,2% do total), enquanto as viagens com destino ao estrangeiro registaram um acréscimo de 9,8%, totalizando 1,3 milhões de deslocações (15,8% do total).
O número de viagens diminuiu em julho (-5,5%), mas aumentou em agosto e setembro (+8,4% e +2,1%, respetivamente).
Cada viagem teve uma duração média de 5,62 noites no terceiro trimestre (contra 5,90 em igual período de 2023), com a mais longa a ser registada em agosto (6,39 noites versus 6,62 em agosto de 2023) e a mais baixa em setembro (3,92 noites versus 4,19 em setembro de 2023).
A principal motivação para viajar continuou a ser o "lazer, recreio ou férias", estando na origem de cerca de 5,6 milhões de viagens dos residentes (67,7%, +1,1 pontos percentuais em termos homólogos). Já a "visita a familiares ou amigos" originou 2,1 milhões de viagens (26,1% do total, +0,4 pontos percentuais).
Os hotéis e similares concentraram 25,2% das dormidas (11,6 milhões) resultantes das viagens turísticas dos residentes no terceiro trimestre de 2024, sendo superados pelo alojamento particular gratuito, que se manteve como a principal opção de alojamento (53,6% das dormidas), com 24,8 milhões de dormidas nas viagens de residentes, indica o INE.
No processo de organização das deslocações, a internet foi utilizada em 30,2% das situações (+1,7 pontos percentuais), tendo este recurso sido opção em 67,3% das viagens para o estrangeiro (+3,4 pontos percentuais) e em 23,3% das realizadas em território nacional (+0,8 pontos percentuais).