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Portugal "está a jogar na Champions League do Turismo"
O presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros, apelou ao Governo a criação de legislação laboral adaptada ao sector bem como de soluções para ultrapassar barreiras de futuro investimento.
"Hoje celebramos o Dia Mundial do Turismo, mas também celebramos a dinâmica de uma actividade que tem contribuído de forma muito positiva para o desenvolvimento do país". Foi com esta mensagem que o presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros, deu o pontapé de saída da III Cimeira do Turismo Português que está a decorrer esta terça-feira, 27 de Setembro, no Museu do Oriente.
"As chegadas de turistas superaram os mil milhões e a Europa representa metade", detalhou, acrescentando que "em Portugal os números também impressionam, mas não surpreendem". "Estamos jogar ao mais alto nível e na Champions League do Turismo", apontou.
Um campeonato que não foi conquistado "por fruto do acaso. Deve-se à procura constante de inovação e de investimento" por parte dos vários intervenientes do sector.
Francisco Calheiros aproveitou ainda a presença do primeiro-ministro, António Costa, para deixar alguns apelos: "Sr. primeiro-ministro, desejo que o Turismo sirva de inspiração para o país. O desemprego é algo que a todos nos preocupa. E o turismo tem gerado emprego líquido. No segundo trimestre deste ano empregava directamente 130 mil pessoas", sustentou.
O responsável acrescentou ainda que o sector pode gerar mais investimento em várias áreas distribuição, hotelaria ou companhias aéreas. E adiantou que pode haver mais investimento por parte de interessados nacionais e estrangeiros "assim que lhes sejam dadas condições."
Francisco Calheiros aproveitou ainda para destacar algumas das condições que considera essenciais para aumentar o investimento no sector. A estabilidade legislativa e fiscal e a criação de "uma legislação laboral ajustada à especificidade do turismo para responder à sazonalidade e aos picos de negócio", foral alguns dos exemplos apontados.
Outro dos alertas deixado pelo responsável para Portugal poder continuar a ser competitivo nesta actividade "é continuar a querer fazer mais e melhor". E aqui, apela ao trabalho conjunto entre as entidades públicas e privadas.
Francisco Calheiros aproveitou ainda para deixar outra queixa ao Executivo: "Custa acreditar que quem trabalha no Turismo tenha que recorrer a vários ministérios", como o de Economia, Finanças, Saúde ou Transportes.
"Sr. primeiro-ministro, ainda está a tempo de corrigir esta situação. Não nos compete a nós desenvolver soluções, mas sim evidenciar as situações que trazem barreiras ao investimento", concluiu.