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Pestana reforça nos centros de Lisboa e Porto

O grupo hoteleiro vai abrir mais 5 hotéis nas duas maiores cidades portuguesas. Uma aposta que vem reforçar o plano de investimento do grupo, fixado nos 200 milhões de euros.

Miguel Baltazar
Wilson Ledo wilsonledo@negocios.pt 02 de Outubro de 2018 às 12:45

O grupo Pestana vai investir 44 milhões de euros na abertura de cinco novos hotéis nos centros de Lisboa e Porto. O anúncio foi feito esta terça-feira, 2 de Outubro, por José Roquette, responsável pela expansão do maior grupo hoteleiro português.

Lisboa contará com dois novos hotéis, ambos em regime de arrendamento. Em 2019, na Rua Braamcamp abre uma unidade de quatro estrelas com 90 quartos, num investimento de sete milhões de euros. No ano seguinte, inaugura na Rua Augusta uma unidade de quatro estrelas com 89 quartos, que custará também sete milhões de euros ao grupo criado por Dionísio Pestana.


Já no Porto, o grupo vai lançar uma nova Pousada de Portugal na Rua das Flores em Novembro: são 87 quartos, num investimento de 14 milhões de euros. Também em regime de propriedade, o grupo tem previstos 16 milhões de euros para um novo hotel na área do Freixo, junto ao rio Douro, com 167 quartos. "Um projecto que o nosso accionista sonhou durante muito tempo", rematou Roquette, lembrando que a unidade se direccionará muito para congressos e eventos.


A aposta na Invicta fica fechada com uma unidade com 43 quartos na Avenida dos Aliados, dedicada à filigrana portuguesa. O investimento é protagonizado por David Rosas e o grupo hoteleiro assume a gestão.


Para o responsável pela expansão do grupo, a aposta nas duas cidades portuguesas "vem tornar o nosso portefólio mais diversificado", porque se encontra actualmente mais concentrado no Algarve e na Madeira.


A este investimento em Portugal, juntam-se outros 60 milhões de euros para a estreia do grupo hoteleiro em Paris em 2023. O investimento é feito a meias com Cristiano Ronaldo, num hotel com 210 quartos em Rive Gauche, reforçando a estratégia do grupo em marcar presença nas principais capitais europeias. "Ainda falta Roma, talvez. Lá chegaremos", brincou Roquette.


Com outras unidades já anunciadas – em Nova Iorque, Marraquexe ou Montevideu -, o grupo tem em marcha um investimento global superior a 200 milhões de euros até 2022. Com as aberturas, deverá criar mais 3.500 quartos, ultrapassando a barreira dos 15 mil. "Não me admirava que daqui a dois ou três anos estivéssemos a falar de 5.000 novos quartos", rematou Roquette.


O maior grupo hoteleiro nacional tem 20 hotéis em fase de desenvolvimento e "várias frentes negociais em curso". Assim, prevê 10 aberturas nos próximos 18 meses e outras 10 nos dois a três anos seguintes.


Questionado sobre a instabilidade política e económica no Brasil, José Roquette descarta investimentos do grupo nos próximos anos nessa geografia. "Nos últimos anos, o Brasil transformou-se num grande ponto de interrogação. O Brasil, neste momento, tem mais risco e menos rentabilidade", explicou.

 

Subidas nos ganhos

O negócio hoteleiro do grupo Pestana deverá registar um EBITDAR (lucro antes de juros, impostos, depreciações, amortizações, reestruturações ou custos de arrendamento) na ordem dos 130 milhões de euros este ano, mais 10% do que no ano anterior.


Para o resultado muito têm vindo a contribuir os hotéis em Portugal. "Lisboa está a atingir níveis de rentabilidade muito elevados. É preciso ter a noção de que isto é cíclico", advertiu. Em Portugal, três unidades do grupo – Pousada de Lisboa, Palácio do Freixo e Vintage Porto – registam já níveis de rentabilidade superiores a hotéis que eram tidos como referência a nível europeu, como Londres.


Nas unidades do grupo na Madeira e no Algarve, os hóspedes britânicos superam os 20%. Questionado sobre o Brexit, José Roquette descarta cenários de dificuldade. "O plano de contingência tem sido sempre a diversificação. O Reino Unido nunca esteve bem na União Europeia. Sempre esteve com um pé fora. A nível monetário, sempre esteve com os dois pés fora. O que aí vem não é propriamente novo, nesse sentido", explicou.

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