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INE manda parar automobilistas para responder a inquérito sobre turismo

As acções, com o apoio da polícia, estão a decorrer nas fronteiras e abrangem também quem chega aos aeroportos e aos portos nacionais. O inquérito é obrigatório por lei.

Bruno Simão
09 de Agosto de 2016 às 10:47
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a fazer parar os automobilistas nas estradas de fronteira para responder a um inquérito sobre turismo internacional (ITI). A acção, que conta com o apoio da GNR, que inclusivamente corta faixas de rodagem para facilitar as perguntas dos funcionários do INE, é de carácter obrigatório, segundo explicou ao Negócios fonte oficial do organismo.


O inquérito, a que o Negócios assistiu, incluiu questões sobre o dinheiro gasto no destino, a escolaridade e nome dos passageiros e condutor da viatura, e data de entrada e saída (neste caso da Galiza). A entrevistadora quis também saber se o veículo tinha colocado combustível em Espanha.


"O Instituto Nacional de Estatística, em cooperação com o Turismo de Portugal, está a realizar o Inquérito ao Turismo Internacional (ITI), que decorre até ao final de 2016, sendo executado pontualmente", referiu o INE. "Trata-se de uma operação estatística oficial desenvolvida de acordo com a lei do sistema estatístico nacional (Lei n.º 22/2008, 13 de maio), sendo obrigatória a sua resposta", salientou a entidade.


O método escolhido é o presencial com a "realização de entrevistas presenciais por amostragem e dirigidas aos viajantes que transitam nas principais fronteiras aéreas, marítimas e rodoviárias", explicou o Instituto.


Nas estradas, a GNR manda parar carros de forma aleatória. "No caso das fronteiras rodoviárias, a metodologia determina que a entrevista seja executada por um entrevistador credenciado pelo INE e através da paragem aleatória e sistemática de viaturas (consoante o sentido e a matrícula). De modo a garantir a segurança e a legalidade da operação, a paragem das viaturas é assegurada pela Guarda Nacional Republicana. Para maior conforto e segurança dos respondentes, o INE e as demais autoridades envolvidas optaram pela realização das entrevistas nas instalações disponíveis e localizadas em locais próximos à fronteira e à paragem das viaturas", segundo o INE.


O Instituto considera que estes dados são vitais para compreender o estado do turismo internacional. "Destaca-se que o ITI assegura a obtenção de informação de interesse para a sociedade, pois tem por objectivos estimar o número de residentes e de não residentes que atravessam as principais fronteiras nacionais, conhecer o perfil dos viajantes e suas deslocações, bem como obter uma estrutura de repartição de gastos turísticos internacionais por principais rubricas de despesa", referiu o INE em resposta enviada ao Negócios.


Além disso, estes resultados "visam satisfazer não só as necessidades para as estatísticas de turismo e transportes, como proporcionar informação para as Contas Nacionais, nomeadamente no que se refere à actualização da Conta Satélite do Turismo, bem como para a estrutura de ponderadores do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor", salientou o INE.

O Turismo de Portugal irá usar as conclusões no planeamento da sua actividade.

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