A hotelaria nacional está confiante que a taxa de ocupação para o período do Natal e Ano Novo vai ser superior, ou pelo menos em linha, com a registada no ano passado, destacando-se a procura dos turistas portugueses na maioria dos destinos, segundo um inquérito apresentado esta segunda-feira pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

Tendo por base os dados recolhidos junto dos seus associados, de 15 de novembro a 13 de dezembro, a CEO da AHP, Cristina Siza Vieira, começou por  destacar que "nada neste inquérito nos suscitou surpresas face ao que aconteceu em 2023". Durante a apresentação aos jornalistas, a responsável aproveitou para destacar que o "optimismo moderado" de muitos dos estabelecimentos hoteleiros era "expectável", uma vez que "já não podemos continuar a crescer a dois dígitos como tem acontecido", sublinhou.

Começando pelo  análise ao período do Natal, que compreende os dias de  21 a 26 de dezembro, a média das reservas dos cerca de 310 empreendimentos que responderam às perguntas da AHP situava-se em 38%, com a expectativa de atingir uma taxa de ocupação de 52% com um preço médio por quarto de 151 euros. 

Segundo o inquérito, 39% dos inquiridos esperam uma taxa de ocupação melhor face a 2023 e 57% com preços superiores, enquanto 8% está menos otimista e espera ter valores das pernoitas inferiores.  É nos hotéis de Lisboa, Madeira e Oeste e Vale do Tejo que as estimativas são mais optimistas.

Questionados pelo "Top 3" dos principais mercados, 82% incluíram os turistas portugueses no pódio. O Reino Unido e Espanha também estão entre os principais,

No que toca às reservas para o Réveillon, de 28 de dezembro a 2 de janeiro, situavam-se em 50% quando o inquérito foi finalizado, com uma taxa de ocupação estimada de 68% e um preço médio de 202 euros. As expectativas do aumento devem-se, em grande parte, às reservas de última hora.

Na Madeira, que continua a ser a campeã do Ano Novo, as reservas "on the books" registam 68%, com o setor a estimar chegar a 84% com um preço médio de 243 euros. 

Já o Alentejo é a região com o preço mais elevado no país para o período de Réveillon e também a região que apresenta um salto maior entre as reservas atuais e a taxa de ocupação estimada: de 42% para 76%. 

Quanto aos mercados emissores, a tendência é quase idêntica à do Natal, com 84% a indicar os portugueses no "Top 3". Espanha foi apontada por 35% e Alemanha por 34%.

A Booking continua a ser apontada como o principal canal de reservas  (85%), enquanto 83% dos inquiridos referiram ser o website próprio.

A AHP aproveitou ainda para perguntar aos associados se a atual situação geopolítica e económica, interna e externa, incluindo em França e na Alemanha, estava a ter impacto nas reservas para a quadra festiva e 75% responderam que não. Além disso, 6% disseram até  que o impacto era "positivo". 

(Notícia atualizada às 18h58)