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Bascos abrem restaurante no Porto e já pensam dar um "pintxo" a Lisboa
Os irmãos López de Viñaspre, que desde 2013 gerem um restaurante nas caves da Symington, saltam de margem com um investimento de um milhão de euros junto à Ribeira, projetando avançar sobre a capital portuguesa.
O grupo Sagardi acaba de abrir o primeiro restaurante em nome próprio em Portugal, situado num edifício datado do século XVIII e reabilitado na Ribeira do Porto, que representou um investimento de cerca de um milhão de euros e que criou 25 postos de trabalho, adiantou ao Negócios o presidente, Iñaki López de Viñaspre.
Com três dezenas de unidades em nove cidades noutros quatro países – Espanha, Reino Unido, Argentina e México –, este é o primeiro restaurante na Invicta "totalmente inspirado nos sabores e nas tradições da cozinha do País Basco". Pintxos, Parilla, Txuleton são alguns dos clássicos servidos neste espaço nas imediações do Palácio da Bolsa, com capacidade para 130 pessoas.
Apesar de esta ser uma estreia com a marca própria no país, este não é um território estranho para o grupo, que conta com quatro sócios (três deles irmãos) e que em 2018 faturou 55 milhões de euros. É que, desde 2013, é a Sagardi que dirige o Vinum, nas caves Graham's, em Vila Nova de Gaia, em parceria com a família Symington (vinhos do Porto e do Douro). O gestor promete que "continuará a funcionar como até agora" e manterá "o mesmo empenho em ambos os projetos".
Essa "incontornável ligação que já tinha à região", seis anos depois de aqui aterrar, foi um dos motivos para este novo investimento. "Contudo, houve outros fatores que fizeram despertar o interesse, como o contínuo crescimento da cidade. Conscientes também da crescente centralidade que a gastronomia tem, detetámos, através da observação do mercado, um nicho de mercado para o conceito ‘Cozinheiros Bascos’", acrescentou Iñaki López de Viñaspre.
Antropólogo especializado em alimentação, o empresário que em 1994 abriu com o irmão Mikel o primeiro restaurante em Barcelona, assegurou ainda ao Negócios que "o objetivo será, a médio prazo, aumentar a presença em Portugal", não havendo ainda uma data concreta para concretizá-lo. "Depois de consolidado o projeto do Porto, pretendemos avançar para Lisboa, levando à capital o mesmo conceito, ou seja, de partilha da autêntica cozinha e tradição do País Basco", concluiu.