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Bascos abrem restaurante no Porto e já pensam dar um "pintxo" a Lisboa

Os irmãos López de Viñaspre, que desde 2013 gerem um restaurante nas caves da Symington, saltam de margem com um investimento de um milhão de euros junto à Ribeira, projetando avançar sobre a capital portuguesa.

Os irmãos Iñaki e Mikel lideram um grupo de restauração presente em cinco países, que gerou receitas de 55 milhões de euros em 2018. João Saramago
03 de Outubro de 2019 às 18:30
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O grupo Sagardi acaba de abrir o primeiro restaurante em nome próprio em Portugal, situado num edifício datado do século XVIII e reabilitado na Ribeira do Porto, que representou um investimento de cerca de um milhão de euros e que criou 25 postos de trabalho, adiantou ao Negócios o presidente, Iñaki López de Viñaspre.

 

Com três dezenas de unidades em nove cidades noutros quatro países – Espanha, Reino Unido, Argentina e México –, este é o primeiro restaurante na Invicta "totalmente inspirado nos sabores e nas tradições da cozinha do País Basco". Pintxos, Parilla, Txuleton são alguns dos clássicos servidos neste espaço nas imediações do Palácio da Bolsa, com capacidade para 130 pessoas.

 

O restaurante tem a sua própria câmara de maturação de carnes. De duas a cinco semanas, mediante a qualidade, tamanho e gordura.
O restaurante tem a sua própria câmara de maturação de carnes. De duas a cinco semanas, mediante a qualidade, tamanho e gordura. João Saramago

 

Apesar de esta ser uma estreia com a marca própria no país, este não é um território estranho para o grupo, que conta com quatro sócios (três deles irmãos) e que em 2018 faturou 55 milhões de euros. É que, desde 2013, é a Sagardi que dirige o Vinum, nas caves Graham's, em Vila Nova de Gaia, em parceria com a família Symington (vinhos do Porto e do Douro). O gestor promete que "continuará a funcionar como até agora" e manterá "o mesmo empenho em ambos os projetos".

 

Essa "incontornável ligação que já tinha à região", seis anos depois de aqui aterrar, foi um dos motivos para este novo investimento. "Contudo, houve outros fatores que fizeram despertar o interesse, como o contínuo crescimento da cidade. Conscientes também da crescente centralidade que a gastronomia tem, detetámos, através da observação do mercado, um nicho de mercado para o conceito ‘Cozinheiros Bascos’", acrescentou Iñaki López de Viñaspre.

 

Detetámos, através da observação do mercado, um nicho de mercado para o conceito Cozinheiros Bascos. Iñaki López de Viñaspre, presidente do Grupo Sagardi

 

Antropólogo especializado em alimentação, o empresário que em 1994 abriu com o irmão Mikel o primeiro restaurante em Barcelona, assegurou ainda ao Negócios que "o objetivo será, a médio prazo, aumentar a presença em Portugal", não havendo ainda uma data concreta para concretizá-lo. "Depois de consolidado o projeto do Porto, pretendemos avançar para Lisboa, levando à capital o mesmo conceito, ou seja, de partilha da autêntica cozinha e tradição do País Basco", concluiu.

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