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Anfitriões de Airbnb em Portugal ganharam 4.900 euros em 2021

Inquérito realizado pela plataforma de alojamento revela que 71% dos anfitriões portugueses têm uma propriedade inteira para alojamento e mais de metade (51%) são mulheres. Estadias de longa duração subiram 90% em Portugal.

26 de Maio de 2022 às 12:59
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No ano passado, um anfitrião típico de Airbnb em Portugal – que tem apenas um anúncio na plataforma - ganhou cerca de 4.900 euros anuais. O "equivalente a cerca de quatro meses do salário médio" sendo este "um valor chave para que muitos possam fazer face às despesas", sublinha em comunicado a plataforma de alojamento.

De acordo com os dados revelados esta quinta-feira ao Negócios pelo Airbnb, em Espanha um anfitrião nas mesmas condições tem rendimentos de 4.100 euros anuais, no Reino Unido seis mil libras (cerca de sete mil euros à atual taxa de câmbio) e nos EUA 13.800 dólares (cerca de 12.900 euros à atual taxa de câmbio) por ano. 

O estudo divulgado pelo Airbnb indica que, em traços gerais, 71% dos anfitriões portugueses têm uma propriedade inteira na plataforma, mais de metade (51%) são mulheres e quase 70% diz que o alojamento não é a sua principal ocupação. Ou seja, "a comunidade de anfitriões em Portugal é composta principalmente por particulares", refere a plataforma.


Sobre as razões para recorrer ao Airbnb, 29% dos anfitriões portugueses apontam que um dos motivos para receberem os viajantes "é para ganhar dinheiro para compensar os aumentos de preços" e 42% declaram ter utilizado dinheiro ganho com o alojamento para cobrir necessidades básicas, tais como alimentação, que aumentaram de preço no último ano.


Outros 34% dos anfitriões portugueses dizem que "o dinheiro que ganham através da Airbnb ajudou-os a poder continuar a viver nas suas casas", e 54% dizem que com as verbas que recebem através da plataforma realizam obras de renovação nas suas habitações, refere ainda o comunicado.


Os dados revelados esta quinta-feira pelo Airbnb têm como base um inquérito realizado a quatro mil anfitriões e hóspedes da plataforma Airbnb em Portugal, sendo que o questionário esteve em curso entre os dias 1 de junho de 2021 e 31 de dezembro de 2021.

 

Teletrabalho permite estadias mais longas


Nos últimos dois anos de pandemia, em que o regime de teletrabalho esteve em vigor, as estadias em Portugal foram cada vez mais longas.


Em 2021, "só Portugal registou um crescimento de quase 90% em estadias de longa duração" face a 2019, o que indica que "milhões de pessoas estão a tirar partido desta nova flexibilidade para viver e trabalhar a partir de qualquer lugar", refere o Airbnb.


Entre os quatro mil inquiridos 17% dos hóspedes que viajaram para Portugal no ano passado dizem que a razão pela qual ficaram num alojamento da plataforma Airbnb era para "viajar e trabalhar remotamente".


E esta, segundo o Airbnb, é uma tendência que se mantém no primeiro trimestre de 2022. Até março deste ano, "os hóspedes ficam mais tempo nos destinos e alguns até vivem em alojamentos disponíveis na plataforma Airbnb" sendo que as estadias de longa duração através da plataforma em todo o mundo "atingiram o seu ponto mais alto no primeiro trimestre de 2022".


Lisboa e Porto foram, em 2021, os destinos com mais reservas de longa duração. Em terceiro e quarto lugar estão Lagos e Funchal.


Segundo o Airbnb, cinco dos dez destinos com mais reservas de longa duração estão localizados no Algarve ou numa ilha: Lagos, Funchal, Albufeira, Portimão e Quarteira.

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