Notícia
Alojamento perde quase 3 mil milhões de euros de receitas em 2020
Os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais registaram um total de 26 milhões de dormidas no conjunto de 2020, o número mais baixo desde 1993.
O turismo português fechou o ano de 2020 com cerca de 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, os números mais baixos em quase três décadas. Os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico acabaram, assim, por derrapar para menos de 1,5 mil milhões de euros no conjunto do ano passado - uma quebra de quase 3 mil milhões em relação a 2019.
Os dados foram divulgados esta segunda-feira, 15 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que confirma a estimativa preliminar que tinha sido publicada no início deste mês. Segundo o INE, no conjunto do ano de 2020, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 25,9 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras de 61,3% e 63%, respetivamente, face aos valores recorde que tinham sido alcançados em 2019.
A justificar esta quebra está o impacto da pandemia, que obrigou ao confinamento da população e que limitou fortemente as viagens internacionais. "A pandemia Covid-19 teve notoriamente um forte impacto nos resultados anuais. No conjunto dos dois primeiros meses do ano, as dormidas apresentaram um crescimento de 10,8%. No conjunto dos 10 meses seguintes, registou-se uma diminuição de 70,4% nas dormidas", refere o INE.
Reflexo disso é a distribuição do total de dormidas pelos turistas nacionais e estrangeiros: em 2020, os residentes em Portugal foram responsáveis por 13,6 milhões de dormidas, uma quebra de 35,4% em relação a 2019 e o valor mais baixo desde 2013. Já os não residentes responderam por 12,3 milhões de dormidas, o que equivale a uma queda de 74,9%, sendo preciso recuar até 1984 para encontrar um número tão baixo.
Isto num ano em que um número significativo de estabelecimentos de alojamento esteve encerrado durante vários meses. "Durante 2020, com exceção de janeiro e fevereiro, a proporção de estabelecimentos encerrados ou que não registaram movimento de hóspedes foi sempre superior à verificada em 2019. Abril e maio foram os meses que registaram maiores proporções (85% e 74%, que contrastam com 17,9% e 16,3%, respetivamente, em 2019), enquanto em agosto e setembro se registaram os menores valores (22,8% e 25,9%, após 8,4% e 12,6%, respetivamente, em 2019)", detalha o INE.
Neste cenário, a estada média acabou por cair para 2,47 noites no conjunto de 2020, com a taxa de ocupação líquida por cama a fixar-se em 24%, uma quebra superior a 23 pontos percentuais.
Também os preços praticados pelo alojamento sofreram quebras, ainda que menos acentuadas. O rendimento médio por quarto ocupado foi de 78 euros no conjunto de 2020, o que reflete uma redução de 12,6% face a 2019.
Feitas as contas, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico caíram 66,1% em 2020, para 1.457 milhões de euros. Em 2019, último ano recorde do turismo nacional, os proveitos totais tinham ascendido a 4.295 milhões de euros.
Notícia atualizada pela última vez às 11h30 com mais informação.
Os dados foram divulgados esta segunda-feira, 15 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que confirma a estimativa preliminar que tinha sido publicada no início deste mês. Segundo o INE, no conjunto do ano de 2020, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 25,9 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras de 61,3% e 63%, respetivamente, face aos valores recorde que tinham sido alcançados em 2019.
Reflexo disso é a distribuição do total de dormidas pelos turistas nacionais e estrangeiros: em 2020, os residentes em Portugal foram responsáveis por 13,6 milhões de dormidas, uma quebra de 35,4% em relação a 2019 e o valor mais baixo desde 2013. Já os não residentes responderam por 12,3 milhões de dormidas, o que equivale a uma queda de 74,9%, sendo preciso recuar até 1984 para encontrar um número tão baixo.
Isto num ano em que um número significativo de estabelecimentos de alojamento esteve encerrado durante vários meses. "Durante 2020, com exceção de janeiro e fevereiro, a proporção de estabelecimentos encerrados ou que não registaram movimento de hóspedes foi sempre superior à verificada em 2019. Abril e maio foram os meses que registaram maiores proporções (85% e 74%, que contrastam com 17,9% e 16,3%, respetivamente, em 2019), enquanto em agosto e setembro se registaram os menores valores (22,8% e 25,9%, após 8,4% e 12,6%, respetivamente, em 2019)", detalha o INE.
Neste cenário, a estada média acabou por cair para 2,47 noites no conjunto de 2020, com a taxa de ocupação líquida por cama a fixar-se em 24%, uma quebra superior a 23 pontos percentuais.
Também os preços praticados pelo alojamento sofreram quebras, ainda que menos acentuadas. O rendimento médio por quarto ocupado foi de 78 euros no conjunto de 2020, o que reflete uma redução de 12,6% face a 2019.
Feitas as contas, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico caíram 66,1% em 2020, para 1.457 milhões de euros. Em 2019, último ano recorde do turismo nacional, os proveitos totais tinham ascendido a 4.295 milhões de euros.
Notícia atualizada pela última vez às 11h30 com mais informação.