A Via Verde, através da sua subsidiária holandesa Move-Izi, começa este sábado, 7 de dezembro, a operar na gestão de cobrança de portagens na A24, uma autoestrada que serve a zona de Roterdão, nos Países Baixos.

Em comunicado, a Via Verde adianta que o sistema de portagens eletrónicas que instalou e vai gerir "está assente em tecnologia nacional, hardware e software, desenvolvidos pela A-to-Be, a empresa de tecnologia para infraestruturas do grupo Brisa".

A Move-Izi tem já tem cerca de 60 mil veículos registados, refere ainda, acrescentando que esta é a terceira portagem a ser introduzida nos Países Baixos, que "gradualmente estão a adotar o princípio do utilizador-pagador nas principais infraestruturas do país, por razões de sustentabilidade ambiental e de responsabilidade financeira na gestão das finanças públicas".

O contrato para a cobrança de portagens na A24 inclui os dois anos de implementação do sistema de portagens e cinco anos de operação, podendo ser prolongado por mais dois períodos de dois anos cada.

Contempla ainda vários requisitos ESG, entre eles, políticas de carbono zero e a inclusão na força de trabalho de pessoas portadoras de deficiência ou de baixos recursos.

A A24, também conhecida como túnel de Blankenburg, vai servir a área metropolitana de Roterdão, que alberga um dos maiores portos do mundo, recebendo mercadorias de todos os continentes, salienta ainda.

Eduardo Ramos, presidente da comissão executiva da Via Verde, sublinha, citado na mesma nota, que "este é um momento muito importante no processo de internacionalização da Via Verde, uma vez que vamos operar num mercado extremamente exigente e sofisticado, em particular ao nível da sustentabilidade, qualidade, dimensão e cobertura da sua rede de autoestradas, considerada uma das melhores do mundo".

Em outubro, a Via Verde anunciou ter ganho um segundo contrato nos Países Baixos com o consórcio Triangle, que foi selecionado pela autoridade neerlandesa dos transportes para implementar um novo sistema de cobrança eletrónica de portagens para pesados, com tecnologia de geolocalização, a arrancar em meados de 2026.