O grupo Brisa chegou a acordo com a Ascendi para a compra dos 25% que esta concessionária detém na Via Verde, anunciou o grupo liderado por António Pires de Lima, sem avançar o valor do negócio.

Com esta operação, o grupo Brisa passará a deter a totalidade do capital social da Via Verde.

O acordo anunciado esta terça-feira está sujeito à aprovação da Autoridade da Concorrência e do Banco de Portugal.

Em novembro de 2021 a Brisa chegou a acordo com a SIBS para adquirir os 20% que esta entidade detinha na Via Verde Portugal. Na altura a Ascendi, que era também acionista com 20%, exerceu o direito de preferência e adquiriu 5% da posição da gestora da rede multibanco, passando a deter 25%. A Brisa ficou com os restantes 75%.

Depois da Brisa e da SIBS terem anunciado em 2021 a reconfiguração da parceria que as unia na Via Verde desde a sua constituição, em 2000, a Via Verde ganhou dois contratos nos Países Baixos: o primeiro em 2023 para a cobrança temporária de portagens eletrónicas num túnel na região de Roterdão e o segundo em 2024 para implementar um novo sistema de cobrança eletrónica de portagens para pesados nas autoestradas e em algumas estradas nacionais e municipais.

Em fevereiro último a Via Verde Portugal criou uma instituição de pagamentos, a Via Verde Pay, que se encontra sujeita à supervisão do Banco de Portugal e que a partir do dia 1 de abril será a entidade responsável por realizar os débitos aos utilizadores que recorrem ao sistema através da aplicação ou de identificador.

A Via Verde Portugal, empresa que presta serviços e pagamentos de mobilidade, tinha no final de 2023 um total de 3,1 milhões de clientes e mais de 4,9 milhões de veículos equipados com identificador. Nesse ano, de acordo com o último relatório e contas divulgado pela Brisa, foi registado um crescimento global de 11% das transações da Via Verde. O número de transações nas autoestradas subiu 10%, nos parques de estacionamento "off-street" 12% e em estacionamento de superfície com o Via Verde Estacionar 34%.