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Uber pagou a "hackers" para apagarem dados roubados a 57 milhões de pessoas

A Uber, empresa que gere a plataforma online de reserva de transporte, pagou 100.000 dólares a piratas informáticos para apagarem os dados pessoais de 57 milhões de clientes e condutores que tinham roubado em 2016.

Reuters
21 de Novembro de 2017 às 23:37
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Em Outubro de 2016, os dados pessoais de 57 milhões de clientes e motoristas da Uber Technologies foram roubados por piratas informáticos. A empresa escondeu este facto durante mais de um ano e, por isso mesmo, despediu esta semana o director de segurança, Joe Sullivan, e um dos seus ajuntos, por terem ocultado o caso, refere a Bloomberg.

 

Os dados comprometidos com este ataque incluem nomes, endereços de email e números de telefone de 50 milhões de utilizadores da Uber em todo o mundo, disse a empresa esta terça-feira à Bloomberg.

 

A informação pessoal de cerca de sete milhões de condutores foi também alvo de acesso pelos "hackers", incluindo os números das cartas de conduções de cerca de 600.000 motoristas da empresa.

 

A Uber salienta que não foram roubados os dados relativos aos números da Segurança Social, detalhes de cartões de crédito, informações sobre os trajectos dos utilizadores ou outro tipo de informação. 

A empresa tinha obrigação legal de reportar esta brecha de segurança aos reguladores e aos condutores cujos números das cartas de condução tinham sido roubados. Em vez disso, pagou 100.000 dólares aos "hackers" para apagarem os dados e não se pronunciarem sobre o assunto.

 

À Bloomberg, a Uber diz acreditar que a informação roubada nunca foi usada, mas não quis divulgar a identidade dos piratas informáticos.

 

"Isto nunca deveria ter acontecido. Não vou arranjar desculpas para o que sucedeu", afirmou Dara Khosrowshahi, que assumiu a presidência executiva da Uber em Setembro passado.

Este acontecimento vem juntar-se a vários outros reportados nos anos mais recentes, que atingiram empresas como a Yahoo, MySpace, Target, Anthem e Equifax.

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