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Trimestre com recorde de viagens e lucros acima do esperado dão gás à Uber

O CEO da empresa de partilha de viagens e de entrega de comida afirma não estar a sentir um abrandamento do consumo, em particular nos Estados Unidos.

Embora as sentenças conhecidas defendam a integração dos estafetas, os tribunais podem decidir em sentido contrário. O que, para já, ainda não terá acontecido.
Paulo Calado
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A Uber ultrapassou as estimativas dos analistas relativamente aos resultados do segundo trimestre do ano, à boleia de uma manutenção dos níveis de consumo, em particular nos Estados Unidos.

O desempenho no trimestre, entre abril e junho, foi de tal forma positivo que a empresa diz ter registado o maior número de viagens de sempre, por parte dos 156 milhões de utilizadores ativos, referiu o CEO, Dara Khosrowshahi, citado pelo Financial Times.

A Uber alcançou receitas de 10,7 mil milhões de dólares, um crescimento de 16% face ao mesmo período do ano passado, e que fica ligeiramente acima dos 10,6 mil milhões esperados pelos analistas. Também os lucros, que atingiram a marca de mil milhões de dólares ficaram acima das expectativas do mercado, que se cifravam nos 659,5 milhões de euros.

A empresa explica que o aumento da faturação se deve a um crescimento do segmento de partilha de viagens ("ride-hailing", na sigla em inglês) e de entrega de comida, a Uber Eats. A fraqueza da economia norte-americana parece assim ainda não estar a afetar o negócio da empresa, com a procura por entregas de comida ainda "saudável".

"O consumo de Uber nunca foi tão robusto", salientou o CEO.

As empresas "gig", de trabalho ocasional, que inclui a Uber e outras rivais como a Lyft e a DoorDash têm estado sobre elevada pressão dos investidores para demonstrarem que conseguem continuar a alcançar lucros ao mesmo tempo que crescem o negócio.

2023 foi o primeiro ano de lucros operacionais da Uber, que a empresa considerou um "ponto de viragem". O segmento de publicidade tem sido um dos condutores deste crescimento e contabiliza para uma margem significativa da faturação.

As ações da Uber que na primeira metade do ano se mantiveram praticamente nulas face ao início de 2024 registam esta terça-feira uma valorização de 4,67%, elevando o ganho anual para 4,23%.

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