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Uber Portugal anuncia novo serviço que permite partilhar viagens com desconhecidos

A empresa de "ride-hailing" aproveitou a celebração dos dez anos de atividade em Portugal para anunciar a UberX Share, que permite poupar até 30% de custos ao utilizador se a viagem for partilhada com outros utilizadores.

Negócios com Lusa 08 de Maio de 2024 às 15:31
Para comemorar uma década de existência em Portugal, a Uber anunciou esta quarta-feira o lançamento de uma nova opção de viagem - o UberX Share - que permite poupar até 30% de custos ao utilizador se a viagem for partilhada com desconhecidos que escolham a mesma opção e que já está disponível em Lisboa, na Margem Sul e no Grande Porto.

Na apresentação dos 10 anos da empresa em Portugal, Francisco Vilaça, diretor-geral da Uber no país, exemplificou que no caso de uma viagem em que alguém se desloque do Campo Grande ao Cais do Sodré poderá apanhar um utilizador no Saldanha e um outro na Almirante Reis até chegar ao destino, e com isso ter uma viagem mais barata e uma escolha mais sustentável, sendo que o tempo da viagem não irá além de oito minutos do total previsto.

Para o motorista, e de acordo com o responsável, esta opção é o "equivalente a fazer uma viagem UberX mais longa", mas poderá aumentar o "público-alvo dos seus serviços de transporte ao emparelhar viagens e pessoas".

O diretor-geral da Uber Portugal fez hoje um balanço positivo dos 10 anos de atividade da plataforma de TVDE no país, mas reconheceu o descontentamento de alguns motoristas que se têm manifestado por melhores condições de trabalho.

Francisco Vilaça revelou ainda que a plataforma, a primeira a operar no país, realizou 200 milhões de viagens em 195 cidades portuguesas, feitas por 12 milhões de passageiros de 150 nacionalidades. A entrada da empresa e do TVDE (Transporte Individual de Passageiros em Veículo Descaracterizado) em Portugal "triplicou o volume de negócios do transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, um aumento de 480 milhões de euros", explicou também o responsável de mobilidade.

Além disso, e ainda de acordo com o diretor-geral da Uber Portugal, durante esta década de operação a Uber criou "13 mil empregos líquidos, atualmente 28 mil". Como curiosidade, Francisco Vilaça anunciou que "o utilizador mais ativo da plataforma já fez mais de nove mil viagens" e a "viagem mais longa foi entre Lisboa e o sul de França".

Questionado sobre as paralisações dos motoristas TVDE nos últimos tempos por melhores condições de trabalho, e na véspera de mais um protesto, o responsável reiterou que a empresa "respeita todo o direito à manifestação", adiantando que ouviu "todos os pedidos e todas as necessidades que os intervenientes na industria têm".

"É importante frisar que trabalhamos sempre para direcionar e responder a essas necessidades. A necessidade de aumento de rendimentos que vem, não só por tarifa certa, porque estamos a falar de uma indústria na qual encontrámos procura - que é o grande serviço que a plataforma presta -, e a geração de procura de necessidades de mobilidade e do serviço prestado", apontou.

O responsável salientou ainda que "é através da garantia de que existem viagens precificadas corretamente para a procura existir, para depois a oferta [dos serviços] poder ser prestada".

"É sempre nesse equilíbrio que se consegue aumentar os números, trabalhamos para melhorar tarifas, [mas] aumentar tarifas não quer necessariamente dizer aumentar rendimentos e é esse o trabalho que se deve fazer", salientou.

O responsável recordou que a empresa tem recebido "todos os participantes na indústria" de forma a conversar "sobre todos os temas colocados em cima da mesa e os planos anunciados".

Em relação à questão da existência de motoristas estrangeiros a conduzir ao serviço das plataformas, Francisco Vilaça explicou que dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) de 2023 revelam que "70% a 80% dos motoristas eram de língua portuguesa ou vindos de países de língua portuguesa".

O responsável sublinhou que o acesso à plataforma Uber "cumpre requisitos extremamente exigentes de verificação documental, garantindo que quem presta serviços através da plataforma está apto". Entre os documentos solicitados está a carta de condução, que é verificada pelos serviços, além da licença TVDE emitida pelo IMT e do registo criminal que é verificado de três em três meses, explicou.
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