A Transtejo anulou o concurso lançado no início deste ano para a compra de 10 novos barcos movidos a gás natural, tendo já decidido lançar em janeiro um novo processo, agora para a aquisição do mesmo número de navios mas 100% elétricos.

Ao Negócios, o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, adiantou que a decisão de anulação do concurso, que foi comunicada esta segunda-feira aos concorrentes, se deveu ao facto de os cinco consórcios que se mostraram interessados no procedimento não terem demonstrado o cumprimento dos requisitos que foram definidos, designadamente em termos de currículo para a tecnologia exigida.

O responsável adiantou que após uma análise técnica realizada pela Transtejo foi concluído que "a solução 100% elétrica é viável para a operação e, por outro lado, que se enquadra no orçamento disponível".

O valor base do novo concurso será equivalente ao que foi lançado em janeiro, de 90 milhões de euros, dos quais 57 milhões são para os navios e 33 milhões para a manutenção durante um período de cinco anos.

Os novos barcos, que se destinam às ligações a Cacilhas, Seixal e Montijo, só começarão a ser entregues em 2022, num total de quatro, um ano depois do que estava previsto. O processo ficará, contudo, igualmente concluído em 2024.