A empresa ViaMove, detida em 51% pelo Grupo Barraqueiro e em 49% pela Resende, é a partir desta terça-feira, 1 janeiro de 2019, a nova operadora de transportes públicos de Matosinhos, adiantou à Lusa o vereador dos Transportes e da Mobilidade.
"A sociedade ViaMove já está autorizada pela Área Metropolitana do Porto para operar em Matosinhos a partir de hoje, iniciando assim um período de transição que terminará em março", disse José Pedro Rodrigues.
A ViaMove vem substituir a operadora Resende, cuja concessão terminou na segunda-feira, que nos últimos tempos foi alvo de críticas por má qualidade dos veículos, bem como por relatos de sucessivos atrasos ou falhas de carreiras.
O vereador recordou que a empresa vai englobar os funcionários da Resende, que são cerca de 200, e contratar 30 novos motoristas.
Outra das mudanças é a imagem e marca dos autocarros - que irão chamar-se "Maré", dada a ligação de Matosinhos ao mar - a aquisição de dez novas viaturas e a introdução de novas linhas, afirmou.
Os autocarros que já não estão em condições vão ser substituídos, e está a ser "desenhada" uma nova linha que colmate a inexistência de transporte público na Via Norte, referiu.
O novo operador assumirá as 22 linhas, atualmente entregues à Resende, os cerca de 60 autocarros desta empresa, e funcionará nas suas instalações, revelou o vereador dos Transportes e Mobilidade.
Além disso, o serviço continuará a estar integrado na rede Andante, acrescentou.
Outra das novidades passa pela criação de uma aplicação na qual os utilizadores poderão consultar os tempos de espera e os horários.
Num comunicado da Câmara de Matosinhos é explicado que os novos autocarros "Maré" começarão a circular não só em Matosinhos, mas também nos Concelhos de Valongo, Maia, Gondomar e Valongo. "As primeiras quatro viaturas representam um investimento na ordem dos 500 mil euros do Grupo Barraqueiro. Ao longo dos próximos meses, irão juntar-se mais seis novos autocarros à atual frota de 60 viaturas. As que não apresentem condições para circulação, serão retiradas. As restantes serão alvo de manutenção e reabilitação".