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Sindicato aceita suspender greve para "dar início às negociações"

O SNMMP "entendeu que estão criadas as condições necessárias para todas as partes se sentarem à mesa", pelo que decidiu uma "suspensão temporária da greve", que começará a partir do início da reunião de mediação a ser convocada pelo governo.

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Depois de esta manhã ter anunciado que a greve era para manter "por um mês, seis meses, um ano", o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) emitiu um comunicado a anunciar a "suspensão temporária da greve".

  

No comunicado enviado às redações, o SNMMP "considera que face à nomeação, hoje, de um Mediador da DGERT para dar início às negociações com a ANTRAM, entendeu que estão criadas as condições necessárias para todas as partes se sentarem à mesa".

Contudo, o Negócios apurou junto de fonte governamental que o Executivo não nomeou qualquer mediador para ajudar a acabar com o diferendo entre patrões e motoristas.

 

Para haver lugar a esta mediação, a Antram exigiu que o sindicato levantasse a greve, o que o sindicato ontem e esta manhã recusou, mas hoje cedeu. No entanto, o sindicato sublinha que a suspensão da paralisação apenas vigora a partir do início da reunião a marcar pelo Governo.

 

"Posto isto, e porque queremos deixar claro ao país e às partes que sempre estivemos de boa-fé neste processo, anunciamos, desde já, a suspensão temporária da greve a partir da hora de início da reunião a ser convocada pelo Governo, suspensão essa que produzirá os seus efeitos até ao Plenário Nacional de Motoristas de Cargas Perigosas, marcado para o próximo domingo, momento em que os Motoristas irão decidir pelo seu futuro", refere o comunicado.

 

Apesar de o sindicato referir que suspende a greve, ainda ontem o representante do SIMM, quando anunciou o fim da greve dos seus filiados explicou que dizer que se desconvocou ou se suspendeu a greve era a mesma coisa, uma vez que assim que é suspensa, os grevistas para voltarem à paralisação têm de cumprir uma série de pressupostos, tal como anunciar uma greve nova.

A Antram, por seu turno, sempre manteve a posição de princípio de não se sentar à mesa de negociações sem que a greve seja suspensa. Aliás, a reunião com o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) que levou a um memorando só ocorreu "após o sindicato suspender a greve", referiu ao Negócios o porta-voz da Antram, André Matias Almeida.

Esta semana, a Antram elaborou um documento de trabalho com a Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e a asssociação patronal acredita que um acordo final poderá ser celebrado em setembro.

 

(notícia em actualização)

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