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Sindicato diz que houve troca de combustível em descargas feitas por militares  

O porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) disse hoje que se registaram três situações de troca de combustível em descargas feitas por militares das Forças Armadas e da GNR.

13 de Agosto de 2019 às 21:06
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Em declarações à agência Lusa, Pardal Henriques referiu a existência de contaminações em postos de abastecimento em Sesimbra, Sines e Nazaré devido à troca de combustível em tanques.

 

"Acho que o Estado devia ver os prejuízos que esta situação está a ter. O que vai acontecer nas situações que relatei é a necessidade de se esvaziarem os tanques", afirmou Pardal Henriques.

 

Em jeito de balanço do segundo dia de greve, o porta-voz do SNMMP acusou as empresas e o Governo de estarem a ameaçar os motoristas para que estes cumpram mais do que oito horas de trabalho.

 

"Tivemos conhecimento do que a polícia foi a casa de um motorista, que estava de baixa, para o deter caso ele não aceitasse ir trabalhar. Só quando ele mostrou a baixa e foi validada por um procurador é que o deixaram em paz", contou o responsável do SNMMP.

 

Questionado pela Lusa sobre o facto de 14 trabalhadores não terem cumprido a requisição civil decretada pelo Governo, Pardal Henriques respondeu que o sindicato não possui qualquer registo das infrações.

 

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, disse hoje que 14 trabalhadores não cumpriram a requisição civil decretada pelo Governo na greve dos motoristas.

 

O governante informou também que a 11 desses trabalhadores "já foi feita a devida notificação", referindo que primeiro é feita a "notificação do incumprimento e depois é que há a notificação de estarem a cometer um crime de desobediência".

 

Os motoristas de matérias perigosas e de mercadorias cumprem hoje o segundo dia de uma greve por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar a requisição civil, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

 

Portugal está, desde sábado e até às 23:59 de 21 de agosto, em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido a esta paralisação, o que permitiu a constituição de uma Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), com 54 postos prioritários e 320 de acesso público.

 

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias, com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

 

 

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