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Rangel "apura-se" para os Jogos Olímpicos de Tóquio
O grupo nortenho assinou um contrato de exclusividade com o Comité Olímpico de Portugal, assegurando a logística e transporte dos equipamentos e materiais usados pelos atletas nos Jogos Europeus e nas Olimpíadas de 2020.
A Rangel Logistics Solutions é o novo operador logístico do Comité Olímpico de Portugal (COP), tendo assinado um acordo de exclusividade válido para os Jogos Europeus de Minsk, que estão prestes a arrancar na Bielorrússia, e para os Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão) no ano seguinte.
A cargo da empresa da Maia, que em abril vendeu 51% do segmento das encomendas (Expresso) aos Correos espanhóis por 11 milhões de euros, vão ficar todas as operações de logística e transporte – aéreo, marítimo, terrestre e formalidades aduaneiras – dos equipamentos e materiais desportivos usados pelos atletas das várias modalidades, como canoagem, ciclismo ou tiro com arco.
Numa nota de imprensa em que não divulga os valores envolvidos neste contrato, o CEO da Rangel destacou que a operadora também vai "competir para o ouro". "Fomos escolhidos pelo COP, pois também "jogamos" em todas as modalidades na área da logística e transporte (…) e [temos] capacidade para assegurar um evento desta dimensão e responsabilidade", garante Nuno Rangel.
Com uma delegação de 99 atletas em 13 modalidades, é nestes Jogos Europeus que os atletas vão tentar a qualificação para as Olimpíadas do verão seguinte no Japão. O líder do Comité português, José Manuel Constantino, destacou o acordo com uma operadora "com um capital de conhecimento e experiência internacionais que são uma garantia para o conjunto de operações logísticas que envolvem as missões olímpicas nas diferentes competições internacionais".
Em 2018, o volume de negócios do grupo Rangel ascendeu a 175 milhões de euros, com o mercado doméstico a representar 85% do negócio. De acordo com os dados oficiais, soma 23 mil clientes em cinco países e emprega cerca de 1.500 pessoas, gerindo 250 mil metros quadrados de operações logísticas.
Como o Negócios adiantou, a empresa nortenha investiu 8,5 milhões de euros em Braga com "garantia" Bosch, depois de vencer um concurso para fazer a gestão logística da fábrica minhota da multinacional alemã. Inaugurada em fevereiro, nesta nova plataforma com 6.500 metros quadrados perspetiva uma operação de dez milhões de euros em cinco anos.