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Projetos de expansão do Metro do Porto vão custar mais quase 150 milhões
O "expressivo" aumento dos custos de mão-de-obra, matérias primas, materiais e energia levou o Governo a autorizar a Metro do Porto a elevar o investimento na linha Casa da Música-Santo Ovídio até aos 435 milhões de euros e no BRT Boavista-Império até 76 milhões.
O Governo autorizou a Metro do Porto a um acréscimo nos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) quer para a expansão da linha Casa da Música - Santo Ovídio quer para a linha BRT Boavista - Império.
A resolução do Conselho de Ministros publicada esta sexta-feira justifica a necessidade de atualizar a estimativa do custo destas linhas com "o expressivo aumento dos custos de mão-de-obra, das matérias primas, dos materiais de construção e, não menos significativo, um aumento dos custos dos combustíveis e da energia".
Assim, no caso da linha Casa da Música – Santo Ovídio, que tinha inicialmente um valor de investimento previsto de 299 milhões de euros, o Governo autorizou agora a Metro do Porto a rever o valor para a sua construção para o montante global de 435 milhões de euros.
Já para o BRT Boavista-Império, o valor do investimento inicial de 66 milhões de euros foi agora elevado para 76 milhões.
Desta forma, os investimentos da Metro do Porto vão exigir mais 146 milhões do que o inicialmente previsto.
Em 2022 o Governo tinha já procedido à reprogramação do montante não executado do projeto do BRT para 2021, tendo ainda autorizado a realização da despesa com os encargos decorrentes da manutenção, central de produção de hidrogénio e respetiva fonte de energia verde que alimentará o seu funcionamento, assim como os equipamentos associados.
Como refere agora na resolução do Conselho de Ministros, o montante de 66 milhões para a linha de BRT Boavista-Império "teve por base uma estimativa elaborada em 2020, a qual foi suportada em estudos e rácios correntes para este tipo de obra".
No entanto, acrescenta, "após setembro de 2020, assistiu-se a um expressivo aumento dos custos de mão de obra, das matérias-primas, dos materiais de construção e, não menos significativo, um aumento de custo dos combustíveis e da energia, que impactam diretamente no valor global da estimativa da obra, decorrente da situação excecional nas cadeias de abastecimento, da pandemia da Covid-19, da crise global de energia e dos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia".
Neste contexto, assume que "é agora necessário atualizar a estimativa do custo e a linha BRT Boavista-Império".
O Governo dá ainda nota que, para além disso, verificou-se que "o concurso público internacional para o fornecimento e manutenção de veículos BRT, infraestruturas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável, culminou com a exclusão de todas as propostas recebidas, pelo que houve necessidade de preparar novo concurso, lançado em julho de 2023, com um preço base de 27.480.000 euros e cujas propostas válidas ficaram acima desse valor".