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BRT de Braga: investimento de 150 milhões arranca daqui a um ano

O metrobus da capital minhota, que será financiado em 100 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), terá quatro linhas, com um total de mais de 22 quilómetros.

Rui Neves ruineves@negocios.pt 03 de Abril de 2024 às 11:05

A construção do "Bus Rapid Transit" (BRT), vulgo metrobus, na cidade de Braga, deverá arrancar no início do primeiro semestre do próximo ano, garantiu o presidente da autarquia, Ricardo Rio.

 

"Neste momento vai ser lançado o concurso para o estudo prévio, ao qual se seguirá o projeto de conceção e implementação que terá a duração prevista de cerca de seis meses e, posteriormente, irá decorrer todo o processo de construção", detalhou o autarca, esta terça-feira, 2 de abril, no Palácio Nacional de Queluz, durante as "Jornadas Navegante".

 

Ricardo Rio realçou que a inclusão do projeto na última revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), "possibilitou alocar 100 milhões de euros no BRT de Braga, valor que corresponde a 66,6% do orçamento do projeto - no total, são 150 milhões de euros -, que financiará a construção de duas das quatro linhas do BRT", explica a Câmara de Braga, em comunicado.

 

"Numa fase inicial a rede terá as referidas duas linhas e a extensão de 12,2 quilómetros, prevendo que se expanda posteriormente para quatro linhas numa extensão total de 22,5 quilómetros", adiantou o presidente da autarquia.

 

No mesmo evento, que assinalou o quinto aniversário da entrada em vigor do Passe Navegante, na Área Metropolitana de Lisboa, Rio afirmou que o município de Braga está "fortemente empenhado" na transição da mobilidade urbana no sentido de assegurar a sustentabilidade ambiental no concelho e contribuir para esse objetivo a nível nacional.

 

"Se por um lado temos investido muito na renovação da frota dos Transportes Urbanos de Braga - com 40% da frota com veículos elétricos -, criado uma oferta cada vez mais atrativa para a população e ser a empresa de transportes coletivos que mais cresceu em Portugal, existe ainda um longo caminho a percorrer e com objetivos muito ambiciosos para tornar o sistema de transportes ainda mais atractivo. É por essa razão que surge o sistema BRT que, pela sua modernidade, fiabilidade, frequência e rapidez de circulação, vai garantir maior atratividade, sobretudo na malha urbana onde serve a maior parte da população", enfatizou Ricardo Rio.

 

Para o autarca bracarense, o BRT "é a solução mais económica, atrativa e de rápida implementação" e tem uma "forte componente de regeneração urbana, uma vez que Braga foi projetada com verdadeiras autoestradas urbanas" com trânsito de concelhos limítrofes que atravessam a cidade, sublinhou.

 

De resto, considerando que "um dos grandes desafios da implementação do BRT é a humanização desses espaços", promete que este projeto será utilizado "para abrandar o trânsito, criar condições de circulação para peões e para modos suaves de mobilidade, suprimir os atravessamentos em túnel e viaduto e criar zonas de atravessamento mais seguras e acessíveis".

 

"Esta é uma dimensão crucial do trabalho que estamos a desenvolver e que irá ligar diversos polos geradores de tráfego na cidade", rematou Rio.

 

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