Os projetos de metrobus em Portugal, mais conhecidos pela sigla em inglês BRT ("bus rapid transit"), estão a multiplicar-se em Portugal e podem valer já, pelo menos, 1.500 milhões de euros, avança esta terça-feira o Público. Entre a fase de projeto e obra, há já 225 quilómetros de percurso planeados em 12 projetos diferentes.

Os projetos mais avançados são o do Metro Mondego, em Coimbra, e o BRT que vai ligar a zona da Boavista à praia do Salvador, no Porto. Neste último caso, está programada a inauguração até ao verão, um ano e meio depois do arranque das obras. E é precisamente devido à rapidez com que se consegue implementar, apenas num mandato, que este tipo de sistemas está a ganhar adeptos por todo o país.

De norte a sul, estão previstos vários projetos de BRT, que simbolizam o fracasso da CP em responder à procura com mais oferta de qualidade e da Infraestruturas de Portugal (IP) que não modernizou atempadamente as vias-férreas ou, se o fez, fez sem grande capacidade. Para gerir esses projetos, há empresas a criarem empresas municipais ou intermunicipais, para não perderem o controlo sobre eles.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ajudou também a financiar alguns dos novos sistemas, como é o do metrobus da Boavista (66 milhões de euros totalmente a fundo perdido).