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Presidente do IMT: "Foi muito importante ter o PART mesmo em 2020"

O presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes disse no Parlamento que espera que no final deste ano o país volte à rota normal de reforço da utilização dos transportes públicos.

06 de Janeiro de 2021 às 13:17
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O presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) afirmou esta quarta-feira no Parlamento, que depois de em 2019 o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos ter captado novos utilizadores para o sistema, em 2020 permitiu "garantir o funcionamento de todo o serviço" e "reforçar até a oferta no sentido de contrariar os problemas provocados pela pandemia".

"As redes sempre funcionaram", afirmou o responsável, salientando a redução da procura em 2020 devido ao confinamento ditado pela declaração de Estado de Emergência e o reforço do teletrabalho.

Em sua opinião, a recuperação não vai ser imediata, uma vez que 2021 vai ser ainda "um ano de grandes constrangimentos ainda por força da pandemia".

No entanto, disse, "esperamos que daqui a um ano - no fim deste ano, início de 2022 -  possamos estar na rota normal de reforço da utilização do transporte público".

"Foi muito importante ter o PART mesmo em 2020" , afirmou ainda Eduardo Feio, apontando o mesmo relativamente ao ProTransp, o programa de apoio à densificação e reforço da oferta de transporte público criado em 2020 e destinado aos territórios de baixa densidade.

O presidente do IMT falava na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre o relatório global de avaliação do impacto do PART em 2019, que concluiu que o programa que desceu o preço dos passes permitiu nesse ano aumentar os passageiros dos transportes públicos nas duas áreas metropolitanas e 21 comunidades intermunicipais (CIM)

 

O documento tornado público pelo IMT em setembro concluiu que se registaram aumentos em quase todos os modos de transporte nas áreas metropolitanas e, especialmente no modo rodoviário, em Aveiro e na CIM do Algarve.


Em 2019 o PART contou com 102,2 milhões de euros de financiamento do Orçamento do Estado e das autarquias, tendo 98,6% desse valor sido utilizado em medidas de redução tarifária e 1,4% em medidas de aumento da oferta.


De acordo com o relatório, o modo ferroviário foi dos que mais beneficiaram em termos de passageiros transportados, tendo a Fertagus registado um acréscimo de 30%, o Metro Sul do Tejo de 26% e os serviços suburbanos da CP de 23%. Nos transportes rodoviários, o IMT concluiu que houve um aumento geral da venda de passes, que foi de mais de 10% em 11 das entidades intermunicipais.


No Parlamento, Eduardo Feio afirmou que "o principal objetivo do PART foi cumprido", adiantando que o IMT só no futuro fará um inquérito que lhe permita apurar se houve uma transferência modal do transporte particular para o transporte coletivo.
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