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Movimento de contentores em Lisboa cai mais de 38% no semestre

O porto da capital registou uma recuperação pouco significativa da movimentação de contentores depois da greve dos estivadores de Abril e Maio, anulando, no semestre, o crescimento nos restantes portos. Sines reforçou a sua posição de liderança.

Pedro Elias/Negócios
09 de Agosto de 2016 às 11:17
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O porto de Lisboa registou uma quebra de 38,3% no movimento de contentores no primeiro semestre do ano, altura em que teve lugar uma greve de 40 dias dos estivadores, revela o relatório de acompanhamento do mercado portuário de Junho da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

De acordo com o documento, em Junho a quebra registada em Lisboa foi de 36,1%. Para a AMT, este comportamento "tem subjacente uma recuperação ainda pouco significativa da situação resultante da greve dos trabalhadores portuários ocorrida em Abril e Maio".

O desempenho do porto da capital anula, por seu lado, o comportamento positivo dos restantes portos neste segmento de mercado.

No primeiro semestre, a movimentação de contentores nos portos analisados caiu 1,8% para 1,3 milhões de TEU (unidade equivalente a um contentor) face ao mesmo período de 2015 devido à redução sentida em Lisboa.

Em Setúbal registou-se um crescimento de 42,2%, em Leixões de 9,7% e em Sines de 2,4%. Também na Figueira da Foz, que representa apenas 0,8% dos movimentos totais, houve um aumento de 4,8%.

De acordo com a AMT, estes dados relevam a importância do porto de Sines, que viu reforçada a sua posição de líder no volume de contentores movimentados, com uma quota de 54,3%. Segue-se o porto de Leixões, com uma quota de 26,4%. Lisboa fica-se pelos 12% e Setúbal chega aos 6,5%.

De acordo com os dados divulgados pelo regulador dos transportes esta terça-feira, no conjunto das cargas, os portos comerciais do continente movimentaram cerca de 45 milhões de toneladas, o valor mais elevado de sempre registado nas primeiras metades dos anos e que representa um crescimento de 0,9%.

"Este facto resulta exclusivamente do comportamento do porto de Sines que regista um acréscimo de 10,5%, atingindo 24,1 milhões de toneladas e anulando as variações negativas dos restantes portos, em particular a quebra de 18,6% em Lisboa, de 3,5% em Leixões e de 2,3% em Setúbal", aponta a AMT.

No total do movimento portuário, Sines passou a representar 53,5%, mais 2,1 pontos percentuais face ao início do ano, elevando a sua taxa média anual de crescimento para 13,7% de acordo com dados desde 2012.

Os primeiros seis meses registaram 5.361 escalas de navios das diversas tipologias, incluindo os navios de cruzeiro, para o que contribui o acréscimo de 20,4% de Viana do Castelo, de 0,7% de Leixões, 0,8% da Figueira da Foz, 13,1% de Setúbal e de 18,1% de Sines.

 

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