Notícia
Maior acionista da espanhola Talgo negoceia venda da empresa a suíços da Stadler
A Trilantic Capital Partners, que tem uma participação de 40% no capital da fabricante de comboios espanhola, está em conversações com a suíça Stadler para a aquisição da companhia.
O maior acionista da Talgo, a Trilantic Capital Partners, está em novas conversações para a venda da sua participação de 40% na fabricante de comboios espanhola à rival suíça, Stadler Rail.
As negociações, avançadas pelo El Economista, surgem como uma alternativa - ou uma contra-OPA - a uma OPA (oferta pública de aquisição) falhada por parte do consórcio húngaro Ganz-Mavag, que inclui o grupo Magyar Vagon.
A 7 de março o consórcio do Leste Europeu tinha oferecido 619 milhões de euros, mas o ministro dos Transportes espanhol, Oscar Puente, foi citado pelos media locais referindo que o Executivo iria "fazer tudo o que fosse possível" para impedir a aquisição. De facto, já depois do anúncio da OPA à Comissão do Nacional do Mercado de Valores (CNMV) o governo espanhol impediu a operação de avançar. A contrapartida era de cinco euros por ação.
Apesar das declarações de Oscar Puente não terem sido oficiais, em causa estão as empresas por detrás da Magyar Vago, nomeadamente o seu principal acionista, o fundo Solva II, bem como a participação no consórcio do fundo estatal Corvinus, cujos responsáveis têm ligações próximas ao primeiro-ministro Viktor Orbán.
Segundo o jornal espanhol, a Trilantic vê a Stadler como um comprador alternativo que poderia "complementar a sua gama de produtos com a alta velocidade espanhola e a tecnologia de largura variável". A companhia suíça já tem presença em Espanha através de uma subsidiária, a Stadler Rail Valencia, bem como um fábrica no país e é fornecedora da Renfe, a operadora ferroviária estatal - o que a torna menos hostil do que o consórcio húngaro.
Caso a Stadler queira avançar terá de ser lançada uma OPA sobre a totalidade do capital da Talgo, uma vez que a lei espanhola obriga a que tal aconteça caso se pretenda adquirir mais de 30% de qualquer empresa cotada.
De qualquer modo, o governo espanhol tem insistido que a companhia ferroviária é um ativo estratégico - dado o acesso da Talgo a informação sensível sobre a rede ferroviária e, por conseguinte, de segurança nacional - e que a operação requere a aprovação do Executivo.
As ações da Talgo seguem a reagir de forma positiva a estas notícias e valorizam 4,83% para 4,45 euros.
As negociações, avançadas pelo El Economista, surgem como uma alternativa - ou uma contra-OPA - a uma OPA (oferta pública de aquisição) falhada por parte do consórcio húngaro Ganz-Mavag, que inclui o grupo Magyar Vagon.
Apesar das declarações de Oscar Puente não terem sido oficiais, em causa estão as empresas por detrás da Magyar Vago, nomeadamente o seu principal acionista, o fundo Solva II, bem como a participação no consórcio do fundo estatal Corvinus, cujos responsáveis têm ligações próximas ao primeiro-ministro Viktor Orbán.
Segundo o jornal espanhol, a Trilantic vê a Stadler como um comprador alternativo que poderia "complementar a sua gama de produtos com a alta velocidade espanhola e a tecnologia de largura variável". A companhia suíça já tem presença em Espanha através de uma subsidiária, a Stadler Rail Valencia, bem como um fábrica no país e é fornecedora da Renfe, a operadora ferroviária estatal - o que a torna menos hostil do que o consórcio húngaro.
Caso a Stadler queira avançar terá de ser lançada uma OPA sobre a totalidade do capital da Talgo, uma vez que a lei espanhola obriga a que tal aconteça caso se pretenda adquirir mais de 30% de qualquer empresa cotada.
De qualquer modo, o governo espanhol tem insistido que a companhia ferroviária é um ativo estratégico - dado o acesso da Talgo a informação sensível sobre a rede ferroviária e, por conseguinte, de segurança nacional - e que a operação requere a aprovação do Executivo.
As ações da Talgo seguem a reagir de forma positiva a estas notícias e valorizam 4,83% para 4,45 euros.