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Governo anuncia 240 milhões para transportes públicos no Porto, Coimbra e Lisboa

Envelope destina-se à finalização e concretização de projetos descritos como "estruturantes" para as cidades do Porto, de Coimbra e de Lisboa.

A linha Rubi, que vai acrescentar 6,3 quilómetros à rede de metro do Porto, inclui a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.
Paulo Duarte
28 de Junho de 2024 às 10:42
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O Governo anunciou um pacote de 240 milhões de euros de financiamento para as redes de transportes públicos no Porto, Coimbra e Lisboa que prevê verbas para a nova linha Rosa do Metro do Porto, para o metrobus do Mondego ou para a compra de elétricos em Lisboa. 

O anúncio foi feito esta sexta-feira no dia em que a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, inauguram a extensão da Linha Amarela, no Porto, entre Santo Ovídio e Vila D'Este.

O financiamento vai ser assegurado pelo Programa Sustentável 2030 – Programa Ação Climática e Sustentabilidade, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia - que representa uma "forte aposta na descarbonização e modernização do setor dos transportes públicos, por forma a oferecer melhores serviços aos cidadãos, enquanto se reduzem as emissões associadas à mobilidade urbana". Este programa, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia, conta com uma dotação de 3,7 mil milhões de euros, dos quais 2,7 mil milhões para projetos de mobilidade.

Segundo um comunicado enviado às redações, o envelope de 240 milhões de euros destina-se "à finalização e concretização" de projetos descritos como "estruturantes para as cidades do Porto, de Coimbra e de Lisboa.

Da lista faz parte a segunda fase de extensão do Metro do Porto (Linha Rosa: Casa da Música – São Bento), com um valor global de 96 milhões, e a execução da segunda fase da aplicação de um sistema de metrobus, no Sistema de Mobilidade do Mondego, com um valor de 82,1 milhões de euros, que visa criar uma ligação de transporte público entre Coimbra e os concelhos limítrofes (Miranda do Corvo e Lousã) e prever adaptar o antigo canal ferroviário e a malha urbana de Coimbra para a instalação de uma solução BRT (Bus Rapid Transit), com canal dedicado.

Ambos os projetos contam com uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%, sucedendo o mesmo no caso da aquisição de material circulante para transporte público coletivo de baixo carbono (15), pela Carris, em Lisboa, com um custo de 27,5 milhões de euros, no âmbito do alargamento da rede de elétricos quer em extensão o quilométrica, quer em frequência do serviço a oferecer aos utilizadores atuais e futuros do transporte coletivo.

Os avisos para a apresentação de candidaturas publicados nesta sexta-feira contemplam ainda financiamentos para a modernização da Linha Norte - Ramal de Alfarelos - Troço Verride – Marujal, no valor de 10,7 milhões de euros e a modernização da Linha ferroviária de Cascais (2ª fase), com 22,9 milhões de euros, refere a mesma nota.

"Os transportes representam aproximadamente 29% das emissões de CO2 na União Europeia, sendo que em Portugal chegam aos 37%. Somos um país com bons indicadores, do ponto de vista da transição ambiental, mas o setor dos transportes é uma das exceções. Por isso, há que redobrar os esforços. Se queremos concretizar os nossos objetivos de combate às alterações climática, e ao mesmo tempo preservar e melhorar a mobilidade dos nossos cidadãos, temos de apostar, cada vez mais, em alternativas sustentáveis ao transporte individual", refere Maria da Graça Carvalho.

"Neste momento, temos acesso a recursos financeiros que poderão não se repetir, e que nos permitem ser ambiciosos. Mas é preciso que exista também, por parte de todas as entidades, um forte compromisso com a execução dos projetos", complementa, citada na mesma nota.
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