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"Cerca 70% das emissões com gases com efeito de estufa são provenientes dos transportes rodoviários enquanto o transporte marítimo, sendo responsável por 90% das trocas comerciais em todo o mundo, representa apenas 3% das emissões de carbono a nível mundial", referiu Duarte Rodrigues, administrador e CEO do grupo Sousa, no debate "Barreiras à implementação de Mobilidade Sustentável", na 3.ª edição do Electric Summit, o Fórum Transição Energética e Mobilidade em Portugal 2024, que é uma iniciativa do Negócios, da Sábado e da CMTV, em parceria com a Galp, a REN e a Siemens, tendo Oeiras Valley como município anfitrião e a EY como knowledge partner.
Mas isso não impede que o grupo madeirense, a que este mês, adicionou um novo navio à sua frota que era de cinco navios, se esteja a descarbonizar.
Para Duarte Rodrigues, em termos de desafios e de barreiras, os transportes marítimos a nível mundial têm um primeiro problema que é definir o combustível do futuro. Já se pensou que fosse o gás natural, mas detetou-se o problema do metano, por sua vez, a Maersk, um dos maiores armadores do mundo, optou pelo metanol, agora está a estudar a amónia, e "fala-se também na questão nuclear". Depois é se haverá produção suficiente para abastecer os navios e os portos terão a oferta do combustível selecionado.
"A nossa perspetiva é que de facto a descarbonização é um imperativo global e qualquer solução tem que passar pela viabilidade e o equilíbrio económicos", disse Ema Leitão presidente da mesa da assembleia-geral da ANTRAM. Sublinhou que "os problemas e as questões, as barreiras à implementação da mobilidade são transversais aos setores".
"Não há mobilidade sustentável sem transporte público, que é a base da mobilidade sustentável, e também não faz sentido falar de mobilidade sustentável sem falarmos de transição energética, que funcionam de forma conjunta", defende Faustino Gomes, presidente do Conselho de Administração dos Transportes Metropolitanos de Lisboa.
Esta empresa com três anos, gere quatro contratos de transportes públicos que são mais de 21.500 serviços por dia, mais de 1700 autocarros, mais de 3.000 motoristas, fazem a gestão do sistema tarifário do ecossistema da área metropolitana de Lisboa e já tiveram dias em que transportaram mais de 650.000 pessoas num dia útil. Faustino Gomes salientou que o transporte público tem o problema da fiabilidade, porque "o transporte público num sistema de autocarros coexiste com outros intervenientes que disputam a mesma infraestrutura". "Não podemos proibir o uso do carro, mas temos que olhar para o carro e perceber de que forma é que o carro é usado de forma abusiva", concluiu.
Mais financiamento precisa-se
O Metro Mondego está a instalar um sistema de transporte público de passageiros em modo rodoviário em sítio próprio, nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã. Segundo Eduardo Barata, administrador executivo do Metro do Mondego, "poderá ser e inspiradora para a projetos em Braga, Porto, Loulé, existindo neste momento e em Portugal mais de 1000 milhões de investimentos em sistemas de mobilidade".
Referiu como principais barreiras a este projeto os aspetos económicos porque é uma aposta em veículos elétricos numa operação urbana e suburbana, que se desdobra em questões tecnológicas, como a autonomia, o tipo de baterias, e os carregamentos. "O desenvolvimento da tecnologia das baterias ainda nos levanta conjunto de questões, por isso, o Metro Mondego optou por passar parte do risco para quem melhor o controla. O concurso que fizemos para o fornecimento do material circulante envolve a execução, a manutenção e a substituição das baterias assim que deixarem de cumprir determinados níveis mínimos de desempenho".
O Grupo Sousa está fazer um investimento de cerca de 14 milhões de euros para tornar cinco dos seus navios menos poluentes, com um apoio do Plano de Recuperação e Resiliência, num financiamento disponível para os armadores. Vão introduzir biocombustíveis na propulsão do navio, prepará-los para o uso de energia elétrica de terra, aplicarão sílica nos cascos dos navios para melhorar a hidrodinâmica do navio e farão a digitalização para otimizar as viagens, a propulsão, e manutenções mais eficientes.
"Esta questão das políticas públicas é um amargo de boca para os transportes rodoviários, e, de facto, sentimo-nos meros espetadores quando se fala em PRR e em incentivos. O transporte rodoviário está excluído, por CAE, de todos os incentivos que estão disponibilizados pelos governos", concluiu Ema Leitão.
Mas isso não impede que o grupo madeirense, a que este mês, adicionou um novo navio à sua frota que era de cinco navios, se esteja a descarbonizar.
Para Duarte Rodrigues, em termos de desafios e de barreiras, os transportes marítimos a nível mundial têm um primeiro problema que é definir o combustível do futuro. Já se pensou que fosse o gás natural, mas detetou-se o problema do metano, por sua vez, a Maersk, um dos maiores armadores do mundo, optou pelo metanol, agora está a estudar a amónia, e "fala-se também na questão nuclear". Depois é se haverá produção suficiente para abastecer os navios e os portos terão a oferta do combustível selecionado.
"A nossa perspetiva é que de facto a descarbonização é um imperativo global e qualquer solução tem que passar pela viabilidade e o equilíbrio económicos", disse Ema Leitão presidente da mesa da assembleia-geral da ANTRAM. Sublinhou que "os problemas e as questões, as barreiras à implementação da mobilidade são transversais aos setores".
"Não há mobilidade sustentável sem transporte público, que é a base da mobilidade sustentável, e também não faz sentido falar de mobilidade sustentável sem falarmos de transição energética, que funcionam de forma conjunta", defende Faustino Gomes, presidente do Conselho de Administração dos Transportes Metropolitanos de Lisboa.
Esta empresa com três anos, gere quatro contratos de transportes públicos que são mais de 21.500 serviços por dia, mais de 1700 autocarros, mais de 3.000 motoristas, fazem a gestão do sistema tarifário do ecossistema da área metropolitana de Lisboa e já tiveram dias em que transportaram mais de 650.000 pessoas num dia útil. Faustino Gomes salientou que o transporte público tem o problema da fiabilidade, porque "o transporte público num sistema de autocarros coexiste com outros intervenientes que disputam a mesma infraestrutura". "Não podemos proibir o uso do carro, mas temos que olhar para o carro e perceber de que forma é que o carro é usado de forma abusiva", concluiu.
Mais financiamento precisa-se
O Metro Mondego está a instalar um sistema de transporte público de passageiros em modo rodoviário em sítio próprio, nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã. Segundo Eduardo Barata, administrador executivo do Metro do Mondego, "poderá ser e inspiradora para a projetos em Braga, Porto, Loulé, existindo neste momento e em Portugal mais de 1000 milhões de investimentos em sistemas de mobilidade".
Referiu como principais barreiras a este projeto os aspetos económicos porque é uma aposta em veículos elétricos numa operação urbana e suburbana, que se desdobra em questões tecnológicas, como a autonomia, o tipo de baterias, e os carregamentos. "O desenvolvimento da tecnologia das baterias ainda nos levanta conjunto de questões, por isso, o Metro Mondego optou por passar parte do risco para quem melhor o controla. O concurso que fizemos para o fornecimento do material circulante envolve a execução, a manutenção e a substituição das baterias assim que deixarem de cumprir determinados níveis mínimos de desempenho".
O Grupo Sousa está fazer um investimento de cerca de 14 milhões de euros para tornar cinco dos seus navios menos poluentes, com um apoio do Plano de Recuperação e Resiliência, num financiamento disponível para os armadores. Vão introduzir biocombustíveis na propulsão do navio, prepará-los para o uso de energia elétrica de terra, aplicarão sílica nos cascos dos navios para melhorar a hidrodinâmica do navio e farão a digitalização para otimizar as viagens, a propulsão, e manutenções mais eficientes.
"Esta questão das políticas públicas é um amargo de boca para os transportes rodoviários, e, de facto, sentimo-nos meros espetadores quando se fala em PRR e em incentivos. O transporte rodoviário está excluído, por CAE, de todos os incentivos que estão disponibilizados pelos governos", concluiu Ema Leitão.