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EMEL rescinde contrato com fornecedora de bicicletas para rede Gira
A EMEL rescindiu contrato com a Órbita, fornecedora de bicicletas para a Gira, rede de bicicletas partilhadas, elétricas e convencionais. A empresa municipal invoca os sucessivos incumprimentos e anuncia o lançamento de um novo concurso para a expansão, operação e manutenção da rede Gira.
A EMEL rescindiu esta quarta-feira o contrato com a Órbita, fornecedora de bicicletas para a Gira, rede de bicicletas partilhadas, elétricas e convencionais, indicou a empresa municipal em comunicado.
A EMEL invoca os sucessivos incumprimentos por parte da fornecedora e anuncia o lançamento de um novo concurso para a expansão, operação e manutenção da rede Gira.
A EMEL assinala que, desde maio do ano passado, "as falhas da Órbita foram-se somando, tendo nos últimos oito meses a empresa revelado total incapacidade para prestar o serviço contratualizado".
E, acrescenta a EMEL, das 140 estações previstas, a rede Gira apenas dispõe atualmente de 92, sendo que 74 estão em operação, 15 estão instaladas mas têm falta de bicicletas e três encontram-se inoperacionais por falta de componentes. Todas estas falhas, sublinha a EMEL, são da responsabilidade da Órbita.
Ao nível das bicicletas, em março, a rede Gira tinha em funcionamento uma média de 500 velocípedes, dos quais 200 elétricos, quando o número previsto no contrato era de 624 bicicletas elétricas e 311 convencionais, num total de 935.
A empresa municipal indica que, em julho de 2018, aplicou pela primeira vez penalidades contratuais no valor de 650 mil euros, mas não as executou "na tentativa de não inviabilizar o funcionamento do sistema".
Em dezembro do ano passado, a EMEL aplicou à Órbita penalidades contratuais no valor de dois milhões de euros e já este ano, no final do primeiro trimestre, penalidades contratuais no valor de mais dois milhões e seiscentos mil euros – as quais ainda não executou até ao momento.
A EMEL refere que o novo concurso a ser lançado para a "expansão, operação e manutenção" da rede Gira prevê que ao atual sistema sejam adicionadas "até ao total de 3.500 bicicletas, 80% das quais elétricas, e até 350 estações, durante um período máximo de oito anos".