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Desempenho da TAP condicionado à pandemia e a plano de reestruturação

TAP aponta que a evolução da pandemia e atrasos no plano de reestruturação podem beliscar desempenho da companhia aérea no segundo semestre.

Miguel Baltazar
22 de Setembro de 2021 às 11:27
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Apesar dos "sinais de recuperação", refletidos na melhoria dos resultados na primeira metade do ano, a TAP diz ter ainda pela frente "desafios e riscos muito importantes", passíveis de "impactar a sua performance económica e financeira". A evolução da pandemia e atrasos no plano de reestruturação são as nuvens sinalizadas pela companhia aérea nacional.

O retrato é traçado pela própria TAP nas perspetivas para a segunda metade do ano, constantes do relatório de gestão e contas consolidadas do primeiro semestre, divulgado esta quarta-feira, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"As perspetivas financeiras para o segundo semestre de 2021 são condicionais à evolução da pandemia nomeadamente ao aparecimento de novas variantes do vírus e à velocidade da vacinação que pode resultar em novas restrições que afetam as estimativas do grupo", diz a companhia aérea nacional.

Apesar de esperar "progressos em termos de ‘forward bookings’" e antecipar que "a recente abertura do Brasil deverá representar um aumento importante na mesma curva", a TAP deixa claro que há ainda "incerteza sobre a sua sustentabilidade".

A transportadora sinaliza ainda que os planos, como o apresentado para o inverno IATA (de 941 voos por semana, ou seja, mais 91 face à oferta atual), se baseiam "num conjunto de pressupostos em termos de fronteiras" que, caso não se concretizem, "comprometem as estimativas".

No segundo semestre do ano, os holofotes voltam-se também para o plano de restruturação. A companhia aérea nacional assinala que "está a trabalhar em coordenação com o Governo" para o ter aprovado pela Comissão Europeia, mas ressalva que "o processo não é controlado pela TAP" e que "atrasos adicionais poderão impactar a liquidez do grupo".

A TAP fechou o primeiro semestre do ano com prejuízos de 493,1 milhões de euros, uma ligeira melhoria face às perdas de 582 milhões que tinha registado em igual período do ano passado.

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