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Concurso do metro do Mondego vai ser lançado na segunda-feira e prevê despesa de 85 milhões
O lançamento do concurso para as obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) ocorrerá na próxima segunda-feira, depois de o Governo ter aprovado hoje uma autorização de despesa no valor de 85 milhões de euros.
No final de uma reunião do Conselho de Ministros, hoje realizada, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou a aprovação das "autorizações de despesa para o avanço imediato da obra", através da reprogramação do programa Portugal 2020.
De acordo com o ministro, além da aprovação de 85 milhões de euros para investimento na infraestrutura, foram aprovados investimentos a realizar na estação de Coimbra-B (15 milhões) e em material circulante (20 milhões), que também terão financiamento comunitário.
Em relação ao SMM, a comparticipação comunitária "disponível neste momento corresponde a 50% do investimento global" a realizar, acrescentou.
Depois dos trâmites de concursos, a obra propriamente dita "entrará pelo ano de 2020 fora", de forma a que o sistema possa começar a ser operado, "o mais cedo possível", em 2021, "ainda que de modo faseado".
"Começamos pelo canal a ligar Serpins [Lousã] até ao Alto de São João", em Coimbra, realçou.
Numa segunda fase do projeto, que corresponde a obras urbanas, "já poderá concluir-se em 2022" se "for esse o compromisso e o acordo das autarquias".
"A solução não fica só às portas da cidade de Coimbra", mas tem um "potencial de mobilidade no centro urbano" de Coimbra, nomeadamente na Solum e na Linha do Hospital, salientou.
Esta é uma solução de "metrobus", de autocarros elétricos que, segundo o ministro, pretende recuperar a mobilidade entre os concelhos da Lousã, de Miranda do Corvo e de Coimbra.
"É um sistema rodoviário e isso deve ficar claro. Contudo, a introdução dos sistemas de guiamento eletrónico, nomeadamente, e a tipologia de material circulante que pretendemos adquirir e que estivemos a estudar permitem desempenhos em matéria de segurança e de velocidades equivalentes às do metro ligeiro", sublinhou.
O ministro considerou que a solução de ferrovia pesada - que as populações dos três concelhos esperam há mais de 20 anos - "já não servia a população" e destacou que esta solução permitirá servir melhor as populações, é mais eficiente e tem em conta a descarbonização.