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Air France-KLM já contratou assessores para entrar na corrida à TAP

O CEO do grupo garante que estão a acompanhar o processo de perto e que "estrategicamente" a TAP faria todo sentido para o portfólio da empresa. E revelou que há três critérios essenciais para avançarem para a compra: a manutenção da marca, das rotas e das competências de gestão.

O Governo quer avançar com privatização da TAP ainda este verão.
Miguel Baltazar
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 28 de Julho de 2023 às 10:31
A Air France-KLM está a acompanhar "de perto" os desenvolvimentos do processo da privatização da TAP e garante que "estrategicamente" o negócio faz "todo o sentido"para o grupo. A posição foi defendida por Benjamin Smith, CEO do grupo, na conferência de imprensa no âmbito dos resultados do segundo trimestre, que revelou ainda que já contrataram assessores financeiros e legais para estarem preparados para quando o processo der o tiro de partida. 

Questionado sobre a posição que gostavam de ter na TAP, o responsável começou por relembrar que as condições ainda não são conhecidas, mas uma posição minoritária não será um fator de exclusão. "Quando entrarmos neste processo queremos é  ter a certeza que estrategicamente se encaixa no que queremos fazer. Agora, se será 20%, 40%, 60% ou 80%, vai depender dos direitos que teremos", referu, sublinhando, contudo, que há um ponto que não abrem mão:"A direção comercial é essencial para nós". 

No que toca às condições que a Air France-KLM considera essenciais para estarem presentes no caderno de encargos, Benjamin Smith destacou três: a manutenção da marca, das rotas, bem como das competências de gestão.  "Celebrar 80 anos com a marca TAP, que é icónica, manter a rede de operações e destinos e as competências em Portugal que são sólidas são condições com as quais costumamos trabalhar", sublinhou.

O CEO da transportadora aérea franco-neerlandesa aproveitou ainda para destacar que a Air France-KLM foi o primeiro grande grupo a ser criado na Europa e os passos que tem dado mostram que "mantém as marcas globais" após os movimentos de consolidação, lembrando i que mantêm "grande parte das operações em Paris e Amesterdão" e têm mantido o investimento nas rotas. "Acredito que conseguiríamos fazer o mesmo caso comprássemos a TAP", assegurou o responsável da Air France-KLM que viu os lucros do segundo trimestre dispararem 86% para 604 milhões de euros. 

O Governo português quer avançar com o processo de alienação de parte da posição da TAP este ano, não tendo decidido ainda a percentagem do capital que quer vender Neste momento, o Executivo está a aguardar a avaliação da TAP que está a ser elaborada pela EY e o Banco Finantia, contratados pela Parpública.

Além da Air France-KLM, os donos da Iberia, Lufthansa e Air France-KLM têm sido apontados como eventuais interessados. Mas João Galamba revelou que há mais interessados, incluindo de outros setores, como energia.

Esta não será  a primeira vez que a TAP vai ser alvo de um processo de privatização. Em 2015, durante o Governo de Passos Coelho, foi vendida uma participação de 61% à Atlantic Gateway, consórcio de David Neeleman e Humberto Pedrosa. 


(Notícia atualizada às 11h30)
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