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Air France: “Potencial oferta” pela TAP não pode comprometer metas financeiras
O CEO do grupo franco-holandês sublinhou que “qualquer potencial transação” não pode meter em causa as metas que assumiram com a comunidade financeira.
A Air France-KLM prefere não avançar com detalhes sobre o ponto de situação da corrida pela TAP, comentando apenas que "qualquer potencial oferta" não pode comprometer as metas financeiras estabelecidas.
"Qualquer potencial oferta terá sempre que cumprir as metas que assumimos com a comunidade financeira de que vamos atingir uma margem de 7% a 8% no médio prazo. Para qualquer potencial transação temos de ter o conforto de que essa meta se mantém intacta", disse Benjamin Smith, CEO do grupo franco-holandês na conferência com jornalistas no âmbito da apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano.
"Questões como preços ou reuniões privadas não serão discutidas nos media", acrescentou o responsável quando questionado se já tinham reunido com o Executivo português.
O Governo anunciou que vai alienar pelo menos 51% do capital da TAP, sendo que 5% do capital fica reservado para os trabalhadores, como dita a lei. O valor da venda ainda não é conhecido. Antes de publicar o caderno de encargos, o Governo vai reuniu com os interessados. Além da Air France-KLM, a IAG e a Lufthansa já mostraram interesse em entrar na corrida.
Recentemente, foi anunciado que a Air France vai comprar 19,9% da companhia aérea estatal escandinava SAS.
Lucros recorde
De janeiro a setembro, a Air France-KLM registou um lucro de 1,1 mil milhões de euros , mais 24,2%. O resultado foi impulsionado pela forte procura no verão.
Aliás, olhando só para os números do terceiro trimestre, o grupo atingiu um resultado operacional recorde de 1.342 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 318 milhões face ao mesmo período do ano passado.
No terceiro trimestre, as companhias do grupo Air France-KLM transportaram 26,9 milhões de passageiros, um aumento de 7,6%, ao mesmo tempo que a oferta aumentou 6%.
Até setembro, a taxa de ocupação melhorou 4,6 pontos percentuais para 87,9%. E apesar das recentes alterações geopolíticas,nomeadamente com o conflito no Médio Oriente, mantém o objetivo de atingir uma percentagem superior a 95% face aos níveis de 2019 no resto do ano.