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Air France e IAG com lucros recorde no verão

Tal como a TAP, as duas companhias aéreas registaram lucros recorde devido à forte procura e aumento do preço de bilhetes. A Air France e a IAG garantem que o conflito no Médio Oriente não está a ter impacto nas reservas, mas estão conscientes que a situação pode ter alguns impactos.

A Iberia considera que o mercado português de lazer e negócios “está totalmente recuperado” e “na moda”, sendo “um foco” da companhia.
Arnd Wiegmann/Reuters
27 de Outubro de 2023 às 12:58
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O crescimento acima do esperado do turismo tem servido de rampa para o crescimento dos resultados das companhias aéreas. Depois de na terça-feira a TAP ter apresentado lucros recorde de 200 milhões de euros, esta sexta-feira foi a vez das potenciais interessadas na privatização da companhia portuguesa anunciarem resultados históricos.


A IAG, dona da Iberia e da British Airways, registou um aumento do lucro operacional de 43% para 1,7 mil milhões de euros de julho a setembro - o segundo trimestre consecutivo de máximos históricos.


A rival Air France-KLM atingiu um resultado operacional recorde de 1.342 milhões de euros no terceiro trimestre, que por norma  é sempre dos melhores para o setor, o que traduz um crescimento de 31%  face ao mesmo período do ano passado.


Os lucros das companhias aéreas na Europa têm sido impulsionados pela disposição dos clientes em pagar preços mais elevados pelos bilhetes. No grupo IAG, por exemplo, a receita por passageiro foi 25%, um valor maior do que em 2019.

Porém, o aumento do preço do petróleo devido à incerteza geopolítica tem gerado dúvidas sobre a continuação desta performance, o que tem levado à queda das ações das companhias aéreas. 


A dona da Iberia revelou que os níveis de reservas estão altos, mas está  "consciente das incertezas macroeconómicas e geopolíticas mais amplas que poderão afetar o resto da atividade este ano".

Air-France KLM, que recentemente anunciou que iria adquirir uma participação de quase 20% na companhia aérea estatal escandinava SAS, mantém o objetivo de atingir uma taxa de ocupação de 95% face aos níveis pré-pandemia (em 2019). Durante a conferência telefónica com jornalistas, o CEO da empresa, Benjamin Smith, disse que até ao momento não estão a sentir impacto nas reservas, mas estão a acompanhar a situação de perto.

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