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União Europeia e EUA prestes a pôr fim a disputa de 17 anos pelos subsídios à Airbus e Boeing

Bruxelas e Washington terão posto um ponto final a uma disputa com quase duas décadas, centrada nos subsídios às fabricantes de aeronaves. A disputa teve como consequência a imposição de tarifas de 11,5 mil milhões de dólares às exportações dos dois blocos.

Bloomberg
15 de Junho de 2021 às 10:28
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A Comissão Europeia e os Estados Unidos terão chegado a um acordo para pôr um ponto final a uma disputa com 17 anos, centrada nos subsídios às fabricantes de aeronaves Airbus e Boeing. De acordo com a Bloomberg, as duas partes passaram a noite desta segunda-feira a discutir um acordo, que resultará numa trégua de cinco anos, numa altura em que Joe Biden está na Europa. O acordo será oficializado esta terça-feira, apontam as fontes da agência.

No centro deste conflito estão os subsídios atribuídos às fabricantes, quando em 2004 os EUA apresentaram uma queixa contra Bruxelas à Organização Mundial do Comércio sobre os apoios disponibilizados pelo bloco à Airbus, destinados ao desenvolvimento de aeronaves comerciais.

Do lado do bloco dos 27, foi aberta uma queixa paralela contra os EUA, que alegava que a Boeing tinha beneficiado de subsídios disponibilizados pelos Estados Unidos na área dos contratos espaciais e militares, penalizando o desenvolvimento de aeronaves civis.

Vários anos depois, em 2019, a Organização Mundial do Comércio considerou que a União Europeia tinha disponibilizado apoios ilegais à Airbus, abrindo caminho para que os EUA respondessem com tarifas nas exportações, no valor de 7,5 mil milhões de dólares. Já Bruxelas recebeu autorização para aplicar tarifas de 4 mil milhões de dólares aos produtos dos EUA, como resposta.

Esta disputa acabaria por escalar novamente na administração de Donald Trump. Com a administração de Joe Biden e este possível acordo poderá ser aberta uma nova página na cooperação entre os dois blocos.

A Bloomberg aponta que, em parte, este acordo terá sido impulsionado por uma consciência crescente entre os governantes de Bruxelas e Washington de que os subsídios estatais atribuídos à fabricante Comac permitirão a esta entidade tornar-se uma rival no setor das aeronaves até ao final da década.
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