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Transavia disponível para voar para Montijo

A “low cost” francesa não fecha as portas ao Montijo. É uma questão de acessibilidades e de taxas aeroportuárias mais baixas. Não há planos para novas rotas este ano, só reforço das existentes. Os Açores podem chegar em 2018.

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15 de Março de 2017 às 14:50
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A companhia aérea "low cost" Transavia está disponível para voar para a pista complementar que será criada no Montijo. A confirmação foi dada esta quarta-feira, 15 de Março, ao Negócios pelo vice-presidente Hervé Kozar. "Estamos abertos a todas as propostas", resume.


"Temos de nos certificar que a experiência dos consumidores não é um pesadelo. A forma de chegar ao aeroporto tem de ser simples, não demasiado cara e fácil", afirmou à margem da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).


Kozar admite que a companhia está limitada na Portela. "Não há mais ‘slots’ para crescer e nós queremos crescer. Temos de encarar isso. Um novo aeroporto pode responder às nossas necessidades", reconhece.


Por isso mesmo, o vice-presidente da Transvia – a quarta maior companhia aérea a operar em Portugal – tem dois requisitos para a mudança: infra-estruturas para chegar ao Montijo e taxas aeroportuárias mais baixas. "Se estes requisitos forem cumpridos, porque não? É só em 2021, há tempo para discutir e negociar", diz ao Negócios.

Questionado sobre esse horizonte temporal para que o Montijo esteja a funcionar, o responsável não olha com estranheza para os quatro anos necessários: "É o tempo dos aeroportos, estamos acostumados a isso em todas as cidades que constroem um aeroporto".


Já sobre a dimensão das taxas aeroportuárias previstas para a pista complementar, Hervé Kozar não traça mínimos. "Quanto maior a diminuição, melhor", sintetiza.


Em 2016, a Transvia transportou 2,1 milhões de passageiros nas suas 23 rotas portuguesas, onde conta com 181 frequências semanais. O objectivo para este ano é atingir os 2,8 milhões de passageiros, tendo em conta um aumento de capacidade superior a 25% nas rotas já existentes. Não há planos para criar novas rotas.

Os passageiros de origem francesa representam cerca 75% do total, os portugueses os restantes 25%, havendo vontade para continuar a aumentar este peso. "Portugal é algo grande para os franceses. A imagem de Portugal em França mudou imenso", elogia, lembrando as dinâmicas de instabilidade turística no Norte de África, que eram destinos turísticos tradicionais para os gauleses.

A transportadora "low cost" do grupo Air France – KLM opera já para os aeroportos de Lisboa, Faro, Funchal e Porto. "O Porto é o maior ponto estratégico para nós", destaca Hervé Kozar e exemplifica: "Na rota Porto-Paris Orly, temos 15 a 20% de viajantes de negócios".

O vice-presidente da Transavia não fecha a porta a voar para Ponta Delgada, nos Açores, o único aeroporto nacional para onde ainda não tem ligações. "Todos os anos fazemos análises para abrir nos Açores. Por agora, não é o momento. É uma rota longa. Podemos não fazê-lo em 2017 mas talvez em 2018, quem sabe. Estamos em contacto próximo com a região", explica.

A empresa não tem planos para contratar em Portugal para as suas tripulações. "São todos recrutados em França ou na Holanda", mostra.

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