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TAP: Governo não comenta acusações de Rui Moreira
O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas remete as decisões sobre rotas e frequências da TAP para a comissão executiva da empresa, recusando fazer outros comentários às críticas do autarca do Porto.
O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, escusou-se esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, a comentar as recentes declarações do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que tem contestado a estratégia da TAP para a cidade.
O ministro disse que não comentará quaisquer declarações relativamente às frequências e às rotas da companhia aérea, considerando tratarem-se de "competências operacionais", que cabem à comissão executiva da empresa.
Pedro Marques lembrou que na altura em que a TAP anunciou a suspensão de quatro ligações aéreas do Porto à Europa, tomou idêntica decisão relativamente a rotas a partir de Lisboa.
Essa decisão, refirmou o ministro, "permanecerá nas competências da comissão executiva".
O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas vai estar quinta-feira à tarde ao Parlamento prestar esclarecimentos aos deputados sobre o acordo assinado entre o Governo e o consórcio Atlantic Gateway, que prevê que o Estado passe a ter 50% da TAP.
O presidente da Câmara do Porto acusou esta quarta-feira a TAP de ter em curso uma estratégia para "destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro", com vista a construir, em Lisboa "um novo aeroporto e uma nova ponte".
"A estratégia da TAP é um insulto à cidade do Porto", afirmou o autarca durante a reunião camarária pública, onde prometeu não desistir da "guerra séria" para que a TAP, agora detida em 50% pelo Estado, restabeleça as rotas que anunciou querer suspender a partir do aeroporto do Porto, nomeadamente para Roma, Milão (Itália), Bruxelas (Bélgica) e Barcelona (Espanha).
Rui Moreira disse ainda que esta "é uma guerra séria" e que "há-de chegar o tempo em que apelaremos à população da região para não voar na TAP".