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TAP vai cancelar 360 voos nos dias da greve e sofre perdas de 8 milhões

A CEO da TAP anunciou que a companhia vai cancelar 360 voos nos dias 8 e 9 de dezembro, quando decorre a greve dos tripulantes de cabine.

Duarte Roriz
23 de Novembro de 2022 às 15:24
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A CEO da TAP anunciou que a companhia vai cancelar 360 voos nos dias 8 e 9 de dezembro, quando decorre a greve dos tripulantes de cabine. "Não é uma decisão fácil" mas a "prioridade são os passageiros", disse Christine Ourmières-Widener em conferência de imprensa que decorreu esta quarta-feira.


A greve tem um impacto de 8 milhões de euros em perdas para a companhia e vai afetar 50 mil passageiros que já tinham bilhete comprado para esses dias, revelou a administração da TAP. "É muito dinheiro e não é uma decisão que tomamos de ânimo leve", frisa Christine Ourmières-Widener acrescentando que o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, foi informado da medida.


"Dos cerca de 500 voos que tínhamos planeado para esses dias vão ser cancelados 360. Vamos voar a cerca de metade da nossa capacidade nesses dias", lamentou a CEO, que inclui a Portugália nesta estimativa.


A administração da companhia revelou ainda que já tinham sido vendidos 60% do total de bilhetes para os voos que iriam ser operados nesses dias, mas que desde ontem que 25% dos passageiros com viagens para dia 8 ou dia 9 de dezembro já alteraram a data do voo.


Christine Ourmières-Widener aproveitou ainda para dizer que já não tem "esperança de um acordo" com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para evitar a greve que a CEO salienta ser a "escolha do sindicato".


Por isso, a gestora diz que decidiu "antecipar-se e cancelar os voos" para evitar um "impacto ainda maior entre os passageiros".

A decisão teve também em conta "a imagem da companhia e do país" porque "a pior imagem que se pode dar de um país é ter pessoas a dormir nos aeroportos" e seria esse o cenário se a TAP "não cancelasse os voos". "É época de natal, as pessoas querem reunir com a família" e tendo em conta a operação do verão "os voos iriam estar cheios", acrescenta a CEO.


O cancelamento dos voos é agora anunciado em jeito de antecipação porque o sindicato só vai votar a greve em assembleia geral no dia 6 de dezembro, dois dias antes do protesto, o "que nos deixaria muito pouco tempo de organizar a operação de forma a minimizar o enorme impacto junto dos passageiros", explicou ainda Christine Ourmières-Widener.


De acordo com o pré-aviso da greve, os tripulantes de cabine vão cumprir com serviços mínimos em quatro situações: nos voos de regresso diretamente para o território nacional para as bases de Lisboa e Porto; em todos os voos impostos por situações críticas relativas à segurança de pessoas e bens, incluindo voos-ambulância e de emergência, movimentos de emergência entendidos como situações declaradas em voo, designadamente por razões de natureza técnica, meteorológica e outras que pela sua natureza tornem absolutamente inadiável a assistência ao voo ou à sua realização. Estão ainda garantidos todos os voos militares e todos os voos de Estado, nacional ou estrangeiro.

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