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TAP assegura cinco anos de paz social com pilotos

A companhia aérea chegou a acordo com o Sindicato dos Pilotos para um aumento dos salários de 15% até 2022. A proposta partiu do CEO da TAP, Antonoaldo Neves, e garante que nestes cinco anos não haverá greves.

Miguel Baltazar
26 de Abril de 2018 às 22:04
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A TAP e a direcção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) chegaram a um acordo salarial, que assegura cinco anos de paz social na companhia aérea. A proposta, que partiu do CEO da companhia, Antonoaldo Neves, prevê uma actualização salarial de 15% até 2022, acrescida da correcção da taxa de inflação.

Com este acordo, os salários dos pilotos da TAP vão aumentar 5% este ano, 5% no próximo, 3% em 2020, 1% em 2021 e 1% em 2022, num total de 15% nestes cinco anos. O compromisso é que durante este período não haja greves.

De acordo com a proposta de actualização salarial que foi aprovada pelos pilotos, noticiada esta quinta-feira pela Lusa, este aumento não contempla ainda a correcção do Índice de Preços no Consumidor (IPC) no período, de 1,4% em 2018, e de 2% nos quatro anos seguintes, num total de 9,4%, referindo que "os valores da inflação para o período de 2019 a 2022 são estimados" e que "será aplicável o valor real, independentemente do seu valor, desde que positivo". Na prática, este ano os salários dos pilotos da companhia aérea vão ter um acréscimo de 6,4%.

Os pilotos tinham chegado a avançar com uma reivindicação de aumentos superior a 40%. O braço de ferro levou a que no período da Páscoa tenham recusado fazer horas extraordinárias e trabalhar em dias de folga, cumprindo à risca o Acordo de Empresa. Esta espécie de "greve de zelo" acabou por obrigar a companhia aérea a cancelar dezenas de voos. Só nos dias 26 e 27 de Março, de acordo com a Autoridade Nacional de Aviação Aérea foram 29 os voos cancelados em Lisboa, tendo 3.846 passageiros sido afectados.

Os pilotos tinham mandatado a direcção do SPAC para concluir as negociações com a TAP relacionadas com o regulamento de contratação externa (RERCE), cujos limites foram redefinidos, e com a actualização salarial.

Segundo a Lusa, o acordo agora anunciado estipula ainda "a criação de limites aos ‘code share’ [venda de bilhetes partilhada entre companhias] e respectivas penalizações. De acordo com o Diário de Notícias, os pilotos perdem o direito a uma folga nos meses com 31 dias. Com os tripulantes a TAP está a negociar um acordo à parte.
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