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Start-up promete regresso dos voos comerciais supersónicos

A Boom Technology quer recuperar os voos comerciais supersónicos e apresentou um projecto de avião que promete viajar a 2.335 quilómetros por hora, mais rápido que o Concorde.

22 de Março de 2016 às 12:42
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A start-up Boom Technology quer fazer com que os voos comerciais supersónicos regressem. E promete torná-los mais acessíveis, conta esta terça-feira, 22 de Março, a Bloomberg. A start-up espera que o seu avião voe a uma velocidade de 2.335 quilómetros por hora e que cada voo custe cerca de 5.000 dólares (4.461 euros).

 

O voo entre Londres e Nova Iorque, que na maioria das companhias aéreas demora cerca de sete horas, pode vir a demorar menos de 3:30h. Este avião vai atingir velocidades de Mach 2.2 (2,2 vezes a velocidade do som), 2,6 vezes mais veloz que a maioria dos aviões comerciais. O Concorde atingia "apenas" a Mach 2.

 

"A ideia é construir um avião que viaje mais rapidamente que qualquer outro avião de passageiros já construído, mas pelo mesmo preço de um bilhete para classe executiva", disse Blake Scholl, fundador e CEO da Boom Technology.

 

A Bloomberg diz que o líder da Boom não é o mais óbvio líder de uma empresa de aviação. Blake Scholl era programador informático e piloto amador, tendo trabalhado cinco anos na Amazon até começar a falar com especialistas em aviação para "melhorar os transportes aéreos".

 

Em Setembro de 2014, Scholl fundou a Boom na sua cave e convenceu vários especialistas a juntarem-se a ele. Hoje, a empresa tem 11 funcionários, provenientes de empresas como a Pratt & Whitney, NASA, Lockheed Martin e Northrop Grumman.

 

Esta start-up norte-americana vai construir os seus aviões com um composto de fibra de carbono em vez de alumínio, tornando-os mais leves e mais rápidos. E vai poder sentar 40 pessoas em duas filas de apenas um lugar cada, com cada passageiro a ter acesso à janela e ao corredor. De acordo com os testes da Boom, o avião vai ser 30% mais eficiente que o Concorde.

 

Este avião, cuja construção ainda deverá demorar vários anos, é mais uma tentativa de colocar nos céus uma aeronave supersónica. Até agora, os únicos supersónicos comerciais regulares foram o Tupolev Tu-144, cujo último voo foi realizado em Junho de 1978, e o Concorde, que deixou de voar em 2003.

 

"Hoje, uma viagem internacional significa ‘jet-lag’, dias de produtividade perdida e tempo para a família prejudicado. Mas imagine sair de Nova Iorque de manhã, estar numa reunião em Londres à tarde e estar em casa de noite, a tempo de deitar os filhos", lê-se no site da Boom Technology.

 

"Ao contrário do Concorde, voar na Boom é económico – com o mesmo preço de um bilhete para classe executiva. Não é ficção científica – agora é possível com a aerodinâmica, compostos de fibra de carbono e a mais recente tecnologia de motores", garante a empresa.

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