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Ryanair só vai permitir levar mochilas na cabine – a não ser que pague cinco euros

A companhia aérea irlandesa Ryanair vai limitar as malas que os passageiros podem levar na cabine dos seus aviões. Apesar de continuar a permitir duas peças de bagagem de mão gratuitas, apenas uma delas poderá ir a bordo.

Bloomberg
06 de Setembro de 2017 às 13:56
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A partir de 1 de Novembro, a Ryanair apenas vai permitir que os seus passageiros levem para a cabine as malas mais pequenas – nomeadamente mochilas ou sacos. A mala de maior dimensão continuará a ser gratuita, mas vai passar a ir para o porão da aeronave. Só os passageiros que comprarem o embarque prioritário – com um custo de cinco euros, se for adquirido durante a reserva – é que poderão continuar a levar as duas peças de bagagem na cabine, anunciou hoje a companhia através de um comunicado.

 

A Ryanair justifica estas alterações na sua política de bagagem com os atrasos provocados pela falta de espaço dentro das suas aeronaves Boeing 737. "Com o crescente volume de passageiros a usufruir da política de bagagem de cabine da Ryanair, que permite duas peças de bagagem de mão gratuitas, e com índices de ocupação elevados (97% em Agosto), o espaço nos compartimentos de cabine torna-se insuficiente para este volume de bagagem, o que tem causado atrasos nos voos", diz a companhia.

 

Assim, só as malas mais pequenas – com dimensões até 35 cm x 20 cm x 20 cm – é que poderão ser levadas para a cabine. As restantes malas de tamanho normal – até 55 cm x 40 cm x 20 cm – serão colocadas no porão da aeronave de forma gratuita antes da entrada no aparelho. O que trará o inconveniente de ter esperar por essa mala no aeroporto de destino (embora não seja preciso despachá-la no de origem).

 

Ao mesmo tempo que tenta retirar as malas de maiores dimensões da cabine, a Ryanair também anuncia uma redução nos preços das malas de porão, para "motivar mais passageiros a despachar bagagem para o porão e reduzir o volume de malas de cabine". O peso das malas despachadas por esta via passa a ser de 20 quilos (em vez de 15) e o preço base dessa mala será de 25 euros (em vez dos actuais 40 euros).

Ryanair estima perdas de 50 milhões


Estas mudanças deverão ter custos consideráveis para a companhia. "Esta alteração à política de bagagens irá custar à Ryanair mais de 50 milhões de euros por ano, devido à redução nas receitas em compra de bagagem de porão", antecipa Kenny Jacobs, director de marketing da companhia, citado pelo comunicado. Ainda assim, ao baixar os preços, "iremos motivar mais clientes a considerar despachar uma mala".

 

Isso permitirá "reduzir o volume elevado de passageiros que temos com duas peças de bagagem de mão no embarque, facto que está a causar atrasos devido ao elevado volume de bagagem que tem que ser colocada no porão na porta de embarque e, inclusivamente, já a bordo". Ou seja, o que a Ryanair vai perder em receitas de bagagem provavelmente ganhará em pontualidade.

 

"Esperamos que, limitando os passageiros sem embarque prioritário a levar apenas uma mala de mão pequena para a cabine – a segunda bagagem maior será colocada no porão gratuitamente durante o embarque – iremos tornar o embarque mais rápido e eliminar os atrasos causados pela falta de espaço na cabine em voos mais cheios para mais de 360 peças de bagagem de mão (182 passageiros x 2 malas)", acrescenta Kenny Jacobs.

 

A partir de 1 de Novembro passará a haver duas filas no embarque: uma para "passageiros com Embarque Prioritário com duas malas" e outra para "passageiros sem Embarque Prioritário com uma mala apenas". Se algum passageiro sem embarque prioritário se recusar a colocar a mala no porão, ficará em terra. "Não lhes será permitido viajar, sem possibilidade de reembolso". Os passageiros que viagem com bebés "poderão trazer uma pequena mala de 5 quilos na cabine".

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