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Ryanair fechou trimestre do Natal com lucros de 211 milhões de euros no sapatinho
A companhia aérea de baixo custo prevê encerrar o ano fiscal com lucros entre 1.325 milhões e 1.425 milhões de euros e chegar aos 168 milhões de passageiros.
A Ryanair fechou o trimestre do Natal com lucros de 211 milhões de euros, contra prejuízos de 96 milhões de euros registados entre outubro e dezembro de 2021.
Um resultado que fica também acima dos 88 milhões de euros alcançados em igual trimestre de 2020, ou seja, na era pré-covid.
Com efeito, no terceiro trimestre do presente ano fiscal, que termina a 31 de março, o número de passageiros transportados pela Ryanair deu um salto de 24% para 38,4 milhões, enquanto o preço dos bilhetes ficou 14% acima dos níveis do período pré-pandemia.
Em alta estiveram também os gastos operacionais da transportadora, que subiram 36% para 2,15 mil milhões de euros, impulsionados designadamente pelas despesas com combustíveis (+52% para 900 milhões de euros, embora compensados por um consumo mais eficiente à medida que mais Boeing Gamechangers integram a frota), explica a empresa com sede em Dublin.
Em termos de desempenho, a Ryanair assinala "fortes quotas de mercado em mercados-chave da União Europeia", dado que operou 112% acima da sua capacidade pré-pandemia nos primeiros nove meses do corrente ano fiscal, com destaque para os crescimentos em Itália (de 26 para 40%), Polónia (de 27 para 38%), Irlanda (de 49 para 58%) e Espanha (de 21 para 23%), sem que haja referência a Portugal.
As perspetivas a curto/médio prazo também são animadoras, com a Ryanair a antever uma "procura robusta" na Páscoa e no verão, com o regresso dos turistas provenientes da Ásia e um "encorajador" dólar a incentivar os americanos a viajarem para a Europa.
Assim, a companhia aérea prevê encerrar o ano fiscal com lucros entre 1.325 milhões e 1.425 milhões de euros, embora ainda esteja a contar com perdas no quarto trimestre por causa da ausência da semana santa em março deste ano.
No entanto, ressalva, esta previsão depende em grande medida da não ocorrência de eventos adversos nesse derradeiro trimestre, tais como a guerra na Ucrânia e/ou uma crise pandémica.
Já em termos de passageiros antecipa chegar ao marco dos 168 milhões no cômputo do corrente ano fiscal.