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Primeira fase das "obras urgentes" no aeroporto de Lisboa custa 233 milhões
Está assinado o acordo entre a Vinci e o consórcio da Mota-Engil que dá início ao processo de expansão do Humberto Delgado. Miguel Pinto Luz destaca a capacidade de o Governo tomar decisões "rápidas e rigorosas".
O Aeroporto Humberto Delgado, que a prazo será substituído pelo Luís de Camões, vai começar, em breve, a crescer. Está assinado o contrato entre a Vinci e o consórcio da Mota-Engil, avaliado em 233 milhões de euros, para a primeira fase de expansão de uma infraestrutura que "está sobrelotada", como diz Miguel Pinto Luz. O ministro das Infraestruturas reconhece que as "obras aqui são urgentes".
No evento de assinatura do contrato deste "upgrade" ao aeroporto, realizado já numa das zonas que em breve serão portas de embarque para os aviões que partem de Lisboa, marcaram presença José Luís Arnault, chairman da ANA, Thierry Ligonnière, CEO da ANA, além de Carlos Mota dos Santos, o CEO da Mota-Engil, a quem caberá levar a cabo a ampliação do terminal sul e a criação de nova placa de estacionamento de aviões.
Ligonnière sublinhou o "sentimento de responsabilidade" na assinatura de um contrato de 233 milhões de euros "que marca nova etapa nos 80 anos do aeroporto de Lisboa". Este "investimento não é só CAPEX. É um investimento que melhora a capacidade, melhora experiência para os passageiros, e vai criar centenas de empregos diretos e indiretos", disse.
"Agora estamos prontos" para avançar com, a expansão do aeroporto, acrescentou o CEO da ANA, agradecendo a Miguel Pinto Luz. "O Sr. Ministro não é homem de adiamentos. Gosta de fazer coisas, depressa. Esta apresentação [para a assinatura do contrato] é prova disso", atirou, referindo-se ao facto de tudo ter sido decidido ao final da tarde do dia anterior.
Luís Montenegro, primeiro-ministro de Portugal, veio testemunhar o momento histórico, mas o Governo falou através de Pinto Luz que destacou a urgência da decisão. "As obras aqui são urgentes. Quem utiliza este aeroporto sabe que está sobrelotado. Há anos que é claro que estas obras era essenciais", disse.
"O turismo precisa, mas o negócios também precisam" de um aeroporto melhor preparado. "Não há luz como a de Lisboa, mas um turista valoriza mais a cidade com a experiência quando aterra ou parte", acrescentou o ministro.
A urgência é real, num país em que o tempo leva o seu tempo. "Em Portugal às vezes o tempo conta-se em anos. Aqui não é diferente. Desde a decisão até agora passaram dois anos", recordou Pinto Luz. Mas agora vai finalmente avançar esta primeira fase de obras que, destacou, está isenta da avaliação de impacte ambiental.
"A APA isentou o impacte ambiental. Esta primeira fase ficou isenta, mas temos de acolher diretivas que tivemos de cumprir". Relativamente à segunda fase, aí "será precedida de avaliação ambiental. Já foi pedida. Aguardamos", revelou Pinto Luz.