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Pires de Lima e Sérgio Monteiro disponíveis para explicar privatização da TAP na AR

Os antigos governantes estão disponíveis para ir ao Parlamento esclarecer as dúvidas sobre a privatização TAP e o negócio que o PS diz ser um “dos atos mais graves de gestão pública desde o 25 de abril”.

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Fevereiro de 2023 às 17:48
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António Pires de Lima e Sérgio Monteiro estão disponíveis para explicar o negócio da privatização da TAP no parlamento. De acordo com informações recolhidas pelo Negócios, os antigos governantes vão aceder ao pedido que o PS vai fazer para ouvir os responsáveis na Comissão de Economia.


O antigo ministro da Economia e o ex-secretário de Estado dos Transportes do Governo de Passos Coelho terão de explicar os contornos da privatização da TAP em 2015 que terá sido ganha por David Neeleman com dinheiro da própria companhia aérea.


"Irei ao parlamento, com muito gosto, prestar os esclarecimentos que se considerem úteis", disse ao Negócios António Pires de Lima. O Negócios sabe que Sérgio Monteiro também está disponível.


Como não se trata de uma comissão de inquérito, os antigos governantes não estão obrigados a ir ao parlamento. O PS contava com a sua "boa vontade". 


O líder do grupo parlamentar do PS anunciou esta quinta-feira que iria chamar Pires de Lima e Sérgio Monteiro para explicarem a privatização da TAP, em 2015, e o negócio que terá lesado a TAP em mais de 400 milhões. 


De momento, estes são os únicos nomes que os socialistas têm na lista. No entanto, após estas audições, não excluem chamar os restantes responsáveis que assinaram o contrato de privatização.


"Aquilo que vamos percebendo, é que foi mantido em segredo o negócio com o Sr. Neeleman, o Governo e a própria TAP e a Airbus. E o segredo foi mantido até ao de gestão pública desde o 25 de abril", acusou Eurico Brilhante Dias. O líder da bancada socialista sublinhou ainda que em causa estará um prejuízo de mais de 400 milhões de euros que terá sido   financiado com dinheiro público". Por isso, não vão "deixar cair este caso", assegurou.


O PS acredita que a Comissão de Economia e o Parlamento têm os instrumentos necessários para fazer a  avaliação necessária. Nesse sentido, considera que não é necessário avançar com uma comissão de inquérito nem alargar o espectro da comissão à TAP  que irá arrancar na próxima semana que vai avaliar o exercício da tutela política da gestão da companhia aérea, em particular no período entre 2020 e 2022, sob controlo público.


"O alargamento adicional não iria necessariamente contribuir para melhor esclarecimento", defendeu o deputado na conferência que decorreu esta quinta-feira de manhã. Além disso, está confiante de que Pires de Lima e Sérgio Monteiro vão aceder ao pedido para serem ouvidos no Parlamento, até porque defende que "devem esclarecimentos necessários aos portugueses".

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