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Pilotos promovem veículo para comprar 5% da TAP

O Sindicato dos Pilotos acredita que os trabalhadores da TAP irão subscrever a totalidade dos 5% que lhe foram reservados, no âmbito da privatização da companhia. E está a promover a criação de um veículo que represente os futuros accionistas.

Bruno Simão/Negócios
26 de Janeiro de 2017 às 22:00
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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) está a dinamizar a criação de um veículo para participar na oferta pública de venda (OPV) de 5% do capital da TAP destinada aos trabalhadores.

David Paes, presidente do SPAC, adiantou ao Negócios que este veículo será aberto "a todos os trabalhadores da TAP" que queiram participar na OPV, a qual ainda não tem data marcada.

O líder dos pilotos acredita que a tranche de capital destinada aos trabalhadores será integralmente subscrita, caso o Governo "permita que no acto de venda se possa fazer ‘overbidding’", ou seja, uma licitação de acções acima daquilo que é oferecido. Questionado sobre a disponibilidade do Executivo para possibilitar este "overbidding", David Paes diz ter indicação da tutela, ou seja, do Ministério das Infra-estruturas, de que "este aspecto será contemplado".

Segundo David Paes, o SPAC irá dinamizar o processo de constituição deste veículo e divulgá-lo junto dos seus associados, "mas não terá qualquer ligação formal com este veículo", invocando dois motivos para adoptar esta atitude. "Por uma questão de princípio, consideramos que um sindicato não deve ser accionista de uma empresa. E também por razões de ordem prática", essa solução seria de difícil articulação, sublinha.

O SPAC tem promovido a constituição deste veículo junto dos outros sindicatos da TAP, com reacções "diferentes". Há uns que se afastaram do processo e outros que têm "uma visão mais próxima da nossa", explica David Paes. Contudo, a estratégia é de que "os trabalhadores adiram individualmente a este veículo".

Acordo de 1999 à mesa das negociações

Um dossiê ainda em aberto tem que ver com o acordo de 1999, no qual o Governo de então prometeu aos pilotos entre 10% a 20% da companhia em caso de privatização.
David Paes diz que tem havido conversas com o Executivo sobre esta matéria. "Estamos a ser capazes de trilhar um caminho que pode gerar resultados num futuro próximo. O assunto é complexo e exigirá um conjunto de passos significativos", diz, sem revelar pormenores.
 
O presidente do SPAC está confiante num desfecho favorável para ambas as partes. "Tenho tido sinais que me permitem acreditar que há vontade da parte do Governo em resolver o assunto, e esses sinais devem ser interpretados como positivos."

SPAC debate impacto do vínculo laboral na segurança 

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) vai promover um conjunto de conferências que têm como objectivo "posicionar a representação dos seus profissionais numa lógica que possa ser geradora de valor para os diversos ‘stakeholders’ na indústria". A primeira destas conferências terá lugar a 14 de Fevereiro e irá subordinar-se ao tema "O vínculo laboral e a segurança aeronáutica". Segundo o líder do SPAC, David Paes, existe uma relação diferente entre estes dois assuntos. "É evidente que os modelos de relação contratual com maior segurança do vínculo dão mais liberdade aos pilotos na tomada de posições", afirma.  Questionado sobre se isso significa que a segurança nas "low-cost" é menor, David Paes diz apenas ser "inegável" que nestas companhias a "tendência é a de os vínculos serem mais precários".

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