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Pedro Marques: “TAP está a ter dores de crescimento”

O ministro do Planeamento afirmou que a TAP tem de acabar com as ineficiências operacionais, mas adiantou que a companhia criou equipa interna para gerir cancelamentos e já iniciou processo para que a subida de pilotos a comandantes seja mais rápida.

José Sena Goulão/Lusa
04 de Julho de 2018 às 11:31
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O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou esta quarta-feira, 4 de Julho, no Parlamento que "a TAP está a sofrer dores de crescimento", respondendo assim a questões colocadas pelo deputado do PSD Paulo Neves sobre os vários cancelamentos de voos por parte da companhia aérea.

 

Pedro Marques admitiu que a "Tap tem de acabar com ineficiências operacionais", mas salientou que a empresa "está a ter resultados", "está a crescer " e a "contratar".

 

O governante adiantou que a comissão executiva da transportadora - na qual o Estado detém 50% do capital - já informou que já alterou o processo de instrução junto da Autoridade Nacional da Aviação Civil, sendo que o objectivo é que a subida de pilotos a comandantes seja mais rápida.

 

O ministro disse ainda que a Tap criou uma equipa interna para gerir os cancelamentos , frisando contudo que parte do problema se deve a atrasos em aeroportos europeus.

"Metade dos atrasos nos aeroportos nacionais são resultado de sermos zona satélite. Levamos com atrasos dos outros do centro da Europa", afirmou.

 

O deputado do PSD, Paulo Neves, tinha afirmado que só no caso da Madeira em sete meses a TAP cancelou 70 voos afectando 10 mil residente e turistas.

 

O social-democrata questionou ainda o ministro sobre a conclusões da auditoria do Tribunal de Contas sobre a privatização e recompra de acções da Tap, que apontou para um agravamento das responsabilidades do Estado e para a perda de direitos económicos de 34% para 5%.

 

Pedro Marques refutou a crítica ao processo de permitiu ao Estado voltar a ter 50% da TAP sublinhando uma frase da auditoria que refere quen a carta de conforto do anterior Governo o Estado assumiu o papel equivalente ao de accionista único apesar de ter feito a privatização. 

"Com a vossa privatização o Estado tinha hoje 0% da TAP e 100% dos riscos financeiros", atirou Pedro Marques, acrescentando que com a versão do actual Executivo o Estado participou em 9%  da recapitalização da empresa e pode ter até 18,75% dos direitos económicos.

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