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Pedro Marques: “Se privado tivesse direito a sair com 227 milhões não tinha saído com 55”
O antigo ministro das Infraestruturas e do Planeamento afirmou no Parlamento que nem a Parpública nem a TAP alguma vez lhe disseram que a companhia aérea “estaria a pagar mais do que deveria pelos aviões”.
"A Parpública em reunião em dezembro de 2015 não se referiu aos famosos fundos Airbus, nem à possibilidade de TAP ter pago mais pelos aviões para que fosse entregue dinheiro à cabeça de David Neeleman", frisando que "nunca ninguém nos disse que a TAP estaria a pagar mais do que deveria pagar" no negócio dos aviões da Airbus.
"Se o privado tivesse direito a sair com 227 milhões não tinha saído com 55", disse.
Pedro Marques referiu ainda ter tido conhecimento da operação com fundos Airbus em janeiro de 2016, na sequência de uma entrevista que David Neeleman deu à Visão.
"No meu tempo como responsável político da TAP não houve nenhuma referência à compra de aviões por um valor acima do mercado", afirmou, acrescentando que o desconto comercial "não estava em nenhum documento que eu tenha consultado"
Pedro Marques recordou ainda que o então presidente da TAP, Fernando Pinto, "nos disse que era legal e que era o correto" a substituição da encomenda dos A350 pelos A320 e A330 "porque para as rotas da TAP eram mais eficientes".
"Não tenho nenhum documento que ponha em causa a legalidade da operação", reafirmou.