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Pedro Marques: “Se privado tivesse direito a sair com 227 milhões não tinha saído com 55”

O antigo ministro das Infraestruturas e do Planeamento afirmou no Parlamento que nem a Parpública nem a TAP alguma vez lhe disseram que a companhia aérea “estaria a pagar mais do que deveria pelos aviões”.

Mariline Alves
30 de Maio de 2023 às 15:02
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O antigo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou esta terça-feira na comissão parlamentar de economia, que quer a Parpública quer a TAP, por meio de Fernando Pinto, asseguraram ao Governo socialista em dezembro de 2015 a legalidade da operação de capitalização da TAP.

"A Parpública em reunião em dezembro de 2015 não se referiu aos famosos fundos Airbus, nem à possibilidade de TAP ter pago mais pelos aviões para que fosse entregue dinheiro à cabeça de David Neeleman", frisando que "nunca ninguém nos disse que a TAP estaria a pagar mais do que deveria pagar" no negócio dos aviões da Airbus.

Pedro Marques recusou fazer uma ligação entre o direito às prestações acessórias com o valor pago pela saída de David Neeleman da empresa.

"Se o privado tivesse direito a sair com 227 milhões não tinha saído com 55", disse.

Pedro Marques referiu ainda ter tido conhecimento da operação com fundos Airbus em janeiro de 2016, na sequência de uma entrevista que  David Neeleman deu à Visão.

"No meu tempo como responsável político da TAP não houve nenhuma referência à compra de aviões por um valor acima do mercado", afirmou, acrescentando que o desconto comercial "não estava em nenhum documento que eu tenha consultado"

Pedro Marques recordou ainda que o então presidente da TAP, Fernando Pinto, "nos disse que era legal e que era o correto" a substituição da encomenda dos A350 pelos A320 e A330 "porque para as rotas da TAP eram mais eficientes".

"Não tenho nenhum documento que ponha em causa a legalidade da operação", reafirmou.

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