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Os destinos exóticos dos milionários a bordo dos seus jatos privados

As ondas de calor e os protestos que marcaram o mês de julho em Nova Iorque, Londres e Hong Kong podem ter deixado alguns habitantes das cidades a sonhar com fins de semana em praias desertas.

Mark Elias/Bloomberg
03 de Agosto de 2019 às 21:00
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O caminho mais rápido para pôr em prática essas fantasias é recorrer a um jato privado, um meio de transporte exclusivo cada vez mais popular entre os milionários.

Os voos em jatos privados aumentaram quase 10% no ano passado, segundo uma análise de 30 destinos realizada pela corretora de imóveis Knight Frank e pela consultora de aviação WingX. Em 2018, houve quase 30 mil voos de jatos particulares para ilhas no continente americano, tornando a região o maior hub mundial de aviação não comercial, liderado pelas Bahamas, Porto Rico e Ilhas Caimão.

"Os jatos particulares são a melhor forma" de viajar, afirma o sócio da Knight Frank, Alasdair Pritchard, que presta assessoria a clientes bilionários. "Se puder pagá-lo e experimentar, não há volta atrás".

Os dados fazem um retrato do estilo de vida dos mais ricos. Além de super-iates, os jatos privados são um dos maiores troféus dos milionários, com preços que variam entre alguns milhões de dólares e mais de 50 milhões. Considerando os custos com combustível e a equipa necessária para gerir a aeronave, só a manutenção de um jato particular pode ser quase tão cara como comprar um.

Mais de dois terços das chegadas às Bahamas tiveram origem nos EUA, no Canadá ou no próprio território. Na Europa, os jatos que aterram em Maiorca, Ibiza e Sardenha - as três ilhas onde há mais chegadas de aviões particulares - partiram de países vizinhos, como Espanha e Alemanha.

"Todas as pessoas que viajam em jatos privados me dizem que não iriam de Londres a Hong Kong" num voo comercial, disse Joe Stadler, gestor de fortunas do UBS, em entrevista. "Para fazer essa viagem de um dia, vão usar jatos privados", explicou, acrescentando que o uso crescente deste meio de transporte "é um indicador de quão cheios estão os aeroportos agora. Quanto mais lotados estão, mais atrasos há, e mais complicado é voar de A a Z".

Filipinas, Maldivas e Bali foram os principais destinos na região da Ásia-Pacífico, onde as chegadas de jatos particulares aumentaram mais de 80%, refletindo um ‘boom’ de riqueza no qual a China ganha um novo bilionário a cada dois dias. A Ásia é agora o lar de cerca de 25% dos nomes que integram o Índice de Bilionários da Bloomberg, um ranking das 500 pessoas mais ricas do mundo.


Os mais ricos escolhem ter jatos privados por conveniência e privacidade. Oprah Winfrey disse à revista britânica Vogue no ano passado que comprou um depois de um fã a ter abordado num aeroporto.

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