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Negócio no Brasil “foi o melhor investimento da TAP em 50 anos”, diz Lacerda Machado

O advogado considera que sem o negócio de manutenção do Brasil, antiga Varig Engenharia e Manutenção, hoje “não haveria” TAP.

Sérgio Lemos
09 de Maio de 2023 às 15:59
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Diogo Lacerda Machado defendeu que sem o investimento na empresa de manutenção do Brasil "provavelmente hoje não haveria TAP"."Foi o melhor investimento [da TAP]em 50 anos", referiu  o antigo administrador da companhia aérea que está a ser ouvido esta terça-feira na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação por requerimento do PS. "O que viabilizou a sobrevivência da TAP foi o Brasil", reforçou.

O advogado sempre foi um dos defensores deste negócio na empresa de manutenção do Brasil, a VEM, antiga Varig Engenharia e Manutenção, considerando este investimento essencial para o crescimento da companhia aérea no país irmão. Uma posição que mantém, mesmo confrontado pelos deputados com as avultadas perdas que o negócio trouxe para as contas da TAP.

"Aquilo que viabilizou a sobrevivência da TAP durante 15 anos foi o Brasil e aquilo que permitiu que a TAP se tornasse na maior operadora estrangeira no Brasil foi o investimento feito na VEM", disse. "Este investimento abriu o Brasil à TAP", sublinhou, apontando ainda que "o hub de Lisboa não existia se não fosse o Brasil", acrescentou.

Questionado sobre o seu envolvimento directo na operação fechada através da Geocapital, onde era advogado na altura tendo posteriormente sido administrador da mesma empresa, que depois viria a vender a sua participação na VEM à TAP, Lacerda Machado referiu que a decisão de concretizar o negócio foi do CEO à data, Fernando Pinto, referindo que o seu envolvimento ficou-se pela vertente de financiamento. 


O negócio de manutenção e engenharia da TAP no Brasil (TAP M&E Brasil), que contava com 385 trabalhadores, foi fechado de forma definitiva em maio de 2022, após a empresa ter acumulado prejuízos de quase 600 milhões em 13 anos.

O requerimento do PS surgiu após várias notícias, que referem que a privatização da companhia aérea em 2015 terá sido ganha por David Neeleman com dinheiro da própria companhia aérea. Em causa, segundo o presidente do grupo parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, podem estar crimes de assistência financeira e gestão danosa.

Estas audições têm lugar fora do âmbito da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à tutela política da gestão da TAP, proposta pelo Bloco de Esquerda (BE). Lacerda Machado vai ser ouvido novamente esta quinta-feira na CPI à TAP.




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