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“Nego que tenha ameaçado Frederico Pinheiro, mas fui ameaçado e não foi pouco”

O ministro das Infraestruras diz que o "desespero e exaltação" que sentiu em Singapura deu origem a um estado de espírito de "tranquilidade" quando aterrou em Lisboa. Não só nega que tenha ameaçado o ex-adjunto Frederico Pinheiro com "dois socos" como devolve a acusação de ameaças.

Tiago Sousa Dias
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João Galamba diz ter ficado "desesperado e bastante exaltado", "duas noites sem dormir" em Singapura, preocupado com a entrega dos documentos à comissão de inquérito. Mas garante que aterrou em Lisboa "muito tranquilo", contestando o relato do ex-adjunto que disse que o ministro o ameaçou "com dois socos". E devolveu a acusação.

"O meu transtorno foi anterior. Duas noites sem dormir em Singapura, desesperado porque queria cumprir com a CPI" e sem acesso aos documentos que garante que ainda não tinha. "Estive desesperado e bastante exaltado", afirmou, na comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre a TAP.

Contudo, prossegue o ministro "quando aterro em Lisboa estive muito tranquilo", validando uma vez mais o relato da sua chefe de gabinete.

"O mesmo não posso dizer de Frederico Pinheiro. Nego categoricamente que tenha ameaçado Frederico Pinheiro, foi um telefonema de exoneração, mas afirmo que fui ameaçado por Frederico Pinheiro e não foi pouco. Se havia alguém mesmo muito exaltado no telefonema não fui eu".

O ministro das Infraestruturas acusou ainda o ex-adjunto de ter "fabricado e plantado" a mensagem na qual Frederico Pinheiro defendeu que o ministério devia rever a decisão de não enviar as notas à comissão parlamentar de inquérito. O ministro das Infraestruturas não nega a existência da mensagem.

Esta quarta-feira, Frederico Pinheiro disse aos mesmos deputados que no telefonema de exoneração João Galamba terá dito que se estivesse com ele lhe daria "dois socos". 

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