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Neeleman critica falta de espaço no aeroporto de Lisboa: “O Montijo está lá”
O empresário afirma que a TAP está a crescer “mais rápido do que o aeroporto” e que não é possível esperar três anos para abrir outro.
David Neeleman, um dos donos da TAP, defendeu esta quinta-feira, 10 de Novembro, a necessidade de a companhia aérea portuguesa fortalecer o hub em Lisboa. No entanto, o empresário aponta para a falta de espaço no aeroporto Humberto Delgado e diz que "não é possível esperar três anos" para abrir outro aeroporto.
"Estou um pouco frustrado com o aeroporto que não está a abrir mais espaço, porque estamos a crescer mais rápido do que o aeroporto. E essa é uma coisa muito importante para o país", referiu Neeleman, à margem de uma conferência no Web Summit, em Lisboa.
O empresário afirmou que é preciso "abrir mais pistas e mais ligações", voltar para Toronto e Montreal, no Canadá, e apostar em mais cidades nos Estados Unidos, nordeste do Brasil e África.
"Mas o aeroporto tem de fazer a mesma coisa. Não podemos crescer se eles dizem que está limitado. Temos de abrir outro aeroporto. O Montijo está lá. Não podemos esperar três anos para isso acontecer. Essa é a minha maior preocupação", destacou.
Em declarações aos jornalistas, Neeleman defendeu que a TAP, a ANA e o Governo devem trabalhar em conjunto, até porque o turismo é uma grande fonte de receitas para o país. "Vemos muitos americanos aqui. E sabemos que eles gastam muito mais dinheiro do que quem vem pela Ryanair a pagar 39 euros. Uma pista nesta capital é insuportável. Temos de trabalhar rápido", reiterou.
Questionado sobre possíveis despedimentos na companhia área portuguesa, o empresário garantiu que, pelo contrário, estão a contratar. "Fizemos um estudo interno para perceber o que temos de fazer para sermos mais eficientes. Descobrimos muitos custos", explicou. Mas, no que diz respeito ao pessoal, "estamos a crescer, estamos a contratar pessoas". "Mas nas outras áreas temos de ver onde podemos ser mais eficientes", acrescentou.
Sobre o processo de reestruturação da dívida da TAP, Neeleman diz que é "difícil" que esteja concluído até ao final do ano.